Bolsonaro passa bem após cirurgia para retirada de cálculo da bexiga em hospital de SP

25/09/2020 14h55


Fonte G1

Imagem: Isac Nobrega/PRO presidente tirou cálculo na bexiga nesta sexta-feira.(Imagem:Isac Nobrega/PR)O presidente tirou cálculo na bexiga nesta sexta-feira.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passa bem após ser submetido a uma cirurgia para a retirada de pedra na bexiga, na manhã desta sexta-feira (25), no Hospital Albert Einstein, Zona Sul de São Paulo.

A cirurgia durou cerca de 1 hora de 30 minutos, e o cálculo foi totalmente removido, segundo o hospital. Bolsonaro está "clinicamente estável, afebril e sem dor", ainda de acordo com o Albert Einstein.

Até por volta de 11h40, a assessoria do hospital não havia informado sobre a previsão de alta. Pacientes que são submetidos a esse tipo de procedimento costumam ficar internados por até 48 horas.

Segundo boletim médico divulgado pelo hospital após o término da cirurgia, Bolsonaro "foi submetido à intervenção cirúrgica de Cistolitotripsia endoscópica para a retirada de cálculo da bexiga". "O procedimento foi realizado sem intercorrências", diz o boletim.

Considerada de baixo risco, a cirurgia precisou de anestesia geral e foi realizada pelo médico urologista Leonardo Borges. Um cardiologista acompanhou o procedimento. Bolsonaro estava em São Paulo desde o início da noite desta quinta-feira (24) para passar pela cirurgia.

Pedra "maior que um grão de feijão"
Em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada no último dia 1º, Bolsonaro disse que tinha o cálculo havia mais de cinco anos. Segundo o presidente, a pedra estava na bexiga e é maior do que um grão de feijão. A estimativa é que tivesse entre 2,5 e 3 cm.

Médicos urologistas explicam que a pedra na bexiga costuma vir do rim, mas também pode se formar na própria bexiga e pode provocar dores para urinar e, em alguns casos, sangramento.

O urologista George Tormim Borges Júnior diz que é possível o paciente conviver com a pedra na bexiga por muito tempo, mas chega um momento em que ela aumenta de tamanho e passa a incomodar muito.

“Com o passar do tempo, ela, dentro da bexiga, se infecta e vai aumentando o tamanho progressivamente. A gente vê casos que a pessoa passa vários anos com aquele cálculo incomodando pouco. Depois de algum tempo, passa a incomodar mais porque, na hora da micção, ele obstrui a urina sair”, explica.

Seis cirurgias em dois anos
Desde que sofreu uma facada durante um ato de campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais, em setembro de 2018, Bolsonaro foi submetido a seis cirurgias - quatro delas relacionadas ao ferimento, além de uma vasectomia feita em janeiro deste ano e a cirurgia para retirar o cálculo na bexiga nesta sexta.

A necessidade da operação desta sexta já havia sido mencionada pelo presidente anteriormente, em setembro.

Veja um resumo dos procedimentos aos quais Bolsonaro foi submetido desde a campanha:
  • 6 de setembro de 2018: Bolsonaro leva a facada e faz primeira cirurgia em hospital de Juiz de Fora (MG)
  • 12 de setembro de 2018: Em São Paulo, Bolsonaro passa por uma segunda cirurgia para desobstrução do intestino
  • 28 de janeiro de 2019: Bolsonaro realiza cirurgia para retirada da bolsa de colostomia colocada após facada
  • 8 de setembro de 2019: Para corrigir uma hérnia na cicatriz de uma operação anterior, Bolsonaro é submetido a uma nova cirurgia
  • 30 de janeiro de 2020: Bolsonaro é internado em Brasília para exames e faz uma vasectomia, procedimento utilizado por homens que não desejam mais ter filhos; o Planalto não emitiu nota oficial confirmando a operação.

Boletim Médico

Veja a íntegra do boletim médico divulgado nesta sexta-feira:

"São Paulo, 25 de setembro de 2020.

"O Excelentíssimo Presidente da República Jair Bolsonaro foi submetido à intervenção cirúrgica de Cistolitotripsia endoscópica para a retirada de cálculo da bexiga. O procedimento foi realizado sem intercorrências, com duração de 01h30 e o cálculo foi totalmente removido. No momento, o paciente encontra-se estável clinicamente, afebril e sem dor."

Dr. Leandro Echenique, cardiologista
Dr. Leonardo Lima Borges, urologista
Dr. Miguel Cendoroglo, Diretor-Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein

Secretaria Especial de Comunicação Social
Ministério das Comunicações"


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Tópicos: cirurgia, bolsonaro, bexiga