Cícero Magalhães diz que ato de Eduardo Cunha foi revanche

14/12/2015 09h58

Fonte GP1

Em entrevista ao GP1, o deputado Cícero Magalhães (PT) criticou o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Para deputado, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), não tem moral para abrir o impeachment, assim como a maioria dos deputados que devem participar da comissão para julgar o caso.

Cícero afirmou que Dilma não cometeu nenhum crime e que ela está sendo vítima de uma revanche de Eduardo Cunha. “Acho que o fortalecimento da democracia no nosso país, tem que estar vindo em primeiro lugar, acredito que o fortalecimento das instituições e os passos que a democracia tem dado no nosso país têm sido importantes. Dilma não cometeu crime algum, mas mesmo assim, em um ato de revanche, o presidente da Câmara aceitou o pedido de impeachment contra a presidente”, declarou.



O deputado estadual ainda fez várias críticas contra Cunha. “Com certeza alguém que hoje não merece nenhuma confiança é o presidente da Câmara. Todo enrolado, sujo até o pescoço. Mentiu no Conselho de Ética. Então uma pessoa do bem está sendo processada, numa ação de impeachment para tirar o seu mandato legitimamente eleito pela maioria do povo, por alguém que não merece nenhuma credibilidade. Alguém que não tem nenhuma idoneidade moral para fazê-lo, mas eu quero acreditar que o povo brasileiro não está caindo na desses golpistas”, afirmou o deputado.

Cícero Magalhães também disse que muitos dos políticos que irão participar da comissão que irá julgar o impeachment, não possuem idoneidade para participar desse julgamento.

“O que acontece é que são os ricos do nosso país, onde a grande parcela dessa comissão, dos 61 [dos deputados], mais de um terço, está sujo, sendo processado ou investigado devido a algum tipo de desvio. Então é esse povo que quer julgar a presidente Dilma? Na minha opinião, eu acho um absurdo se tentar quebrar as estruturas democráticas do nosso país. A democracia é um grande bem que tem acontecido no nosso país de um determinado tempo para cá e perdemos muito no período da ditadura. O que esse povo quer é voltar e dizer que Brasil não é um país confiável. Um ganha [a eleição] e no tapetão uma maioria do congresso pode fazer o que quer. E não é isso. Nós somos regidos por instituições e leis que dão regra a tudo que diz nos respeito como cidadão e nas instituições no nossos país. Pra mim é um absurdo se pedir impeachment da presidente Dilma quando ela não cometeu crime algum”, finalizou o deputado.