Com ataques, Garcia e Tarcísio são oficializados candidatos em SP

31/07/2022 13h55


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Imagem: ReproduçãoDois dos principais nomes na disputa pelo governo de São Paulo, o governador Rodrigo Garcia (PSDB), que tenta a reeleição, e o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) foram(Imagem:Reprodução)
 Dois dos principais nomes na disputa pelo governo de São Paulo, o governador Rodrigo Garcia (PSDB), que tenta a reeleição, e o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) foram confirmados ontem como candidatos com críticas mútuas e a Fernando Haddad (PT), também postulante ao Palácio dos Bandeirantes. A campanha no maior colégio eleitoral do País começa com três concorrentes com reais chances de chegarem ao segundo turno.

Garcia foi oficializado em um evento inspirado nas convenções democratas e republicanas dos Estados Unidos, em um palco no formato 360º no Ginásio do Ibirapuera. Ao discursar, o tucano disse que Tarcísio "caiu de paraquedas em São Paulo" - em uma referência ao fato de o adversário, apadrinhado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), ter nascido no Rio.

Sem declarar apoio na eleição presidencial, Garcia tenta

"desnacionalizar" a campanha com uma mensagem de "nem direita nem esquerda, sempre em frente". "Não vamos permitir que façam São Paulo parquinho de candidato à Presidência", disse. O tucano também atacou Haddad, que lidera as pesquisas de intenção de voto. Sem citar o nome do ex-prefeito, Garcia disse que o petista "tomou um cartão vermelho e voltou para casa" ao tentar se reeleger, em 2016. Segundo ele, Haddad fez "uma das piores gestões" da capital.

No momento em que aliados disputam a escolha do vice de Garcia, a convenção do tucano reuniu líderes dos partidos que o apoiam, como Renata Abreu (Podemos), Baleia Rossi (MDB) e Antônio Rueda (União Brasil). A definição, porém, foi adiada. A grande ausência foi o ex-governador João Doria (PSDB), em viagem de trabalho aos Estados Unidos.

‘RAÍZES’. Tarcísio, por sua vez, criticou o fato de o governador ser do PSDB, sigla que comanda o Estado há 28 anos - com breves interrupções. "Hoje é um dia histórico. Marca o fim de um símbolo, fim de um partido que está há 28 anos no poder. Partido que criou raízes profundas, raízes hoje que impedem o Estado de andar", disse. Para o ex-ministro, o PSDB "perdeu a sensibilidade". "Esse grupo, no momento em que o Brasil passou pela maior dificuldade de sua história recente, o que fez?

Aumentou impostos, afastou crianças das escolas, fechou o comércio", afirmou, ao criticar medidas sanitárias impostas na pandemia de covid-19.

Apresentado como "Tarcisão do Asfalto", em uma referência às obras tocadas no Ministério da Infraestrutura, o agora candidato foi confirmado em evento no ExpoCenter Norte, na presença de Bolsonaro, da primeira-dama, Michelle, e do presidente do Republicanos, Marcos Pereira. No palco também estavam o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que pretende concorrer a deputado federal pelo PTB após ter os direitos políticos recuperados, na semana passada,

por decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), e o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que ganhou perdão presidencial após condenação por ameaças à democracia e às instituições.

Ao discursar, Tarcísio disse que Bolsonaro tem coragem, é inspirador e "mudou sua vida". "Abriu portas que eu não esperava que um dia seriam abertas. Me levou aonde eu nunca pensei estar, aonde eu não imaginava. Me deu oportunidade que eu nunca pensei que iria ter", afirmou. Ele terá como vice o ex-prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth (PSD).


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