Corte no Orçamento pode abrir mais espaço para reajustes de servidores, avalia diretor da IFI
24/01/2022 11h34Fonte G1
Imagem: Reprodução O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, afirmou nesta segunda-feira (24) em rede social que o corte de R$ 3,18 bilhões no Orçamento de 2022 pode, na prática, abrir mais espaço para reajustes de servidores públicos.O Orçamento foi aprovado pelo Congresso em 21 de dezembro e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.
A redação sancionada por Bolsonaro já prevê R$ 1,7 bilhão para reajustes de servidores. A colunista do g1 Ana Flor informou que o presidente deixou para março a definição sobre como o dinheiro será usado.
"Os vetos presidenciais cortam R$ 3,2 bilhões e deixam possível espaço aberto para recomposição de despesas de pessoal. Do ponto de vista macrofiscal, a preocupação é com os reajustes que serão engendrados e o que podem incentivar para a partir de 2023", afirmou Felipe Salto.
Em nota divulgada no domingo (23), a Presidência disse ter sido necessário "vetar programações orçamentárias com intuito de ajustar despesas obrigatórias relacionadas às despesas de pessoal e encargos sociais".
"Nesse caso, será necessário, posteriormente, encaminhar projeto de lei de crédito adicional com o aproveitamento do espaço fiscal resultante dos vetos das programações", acrescentou a nota.
Em entrevista ao g1, Felipe Salto acrescentou que ainda não dá para cravar que esses recursos bloqueados serão, de fato, destinados aos reajustes.
"Se vai ser para isso ou aquilo, temos de ver como virão os créditos suplementares. Ainda não foram editados. Mas o risco é esse mesmo", disse Salto. Ele explicou que não há "garantia" de que os recursos irão para os servidores.
Questionado por jornalistas nesta segunda (24), o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o valor atualmente destinado para reajustes "pequeno".
"Tem esse espaço aí de R$ 1,7 bilhão, mas ele é pequeno, né? É um espaço pequeno, não dá para todo mundo. Vai dar o quê? R$ 0,10 para cada um de aumento?", questionou.
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