Credibilidade duvidosa levou Justiça a rejeitar FIB Bank como avalista em ação trabalhista

21/09/2021 09h04


Fonte G1


Imagem: ReproduçãoClique para ampliarlevou Justiça a rejeitar FIB Bank como avalista em ação trabalhista(Imagem:Reprodução)
 Instituição responsável pela garantia do contrato bilionário de aquisição da vacina indiana Covaxin pelo governo, o FIB Bank foi rejeitado pela Justiça como avalista de uma causa trabalhista no valor de R$ 236 mil em razão de "credibilidade duvidosa".

Iniciada em 2016 na 4ª Vara do Trabalho de Barueri, a ação visava a cobrança de débitos trabalhistas – horas extras, vale refeição e diferenças salariais e no FGTS – por um ex-funcionário da Global Gestão em Saúde.

Em uma longa batalha judicial, o caso se arrasta até hoje, e a demora deve-se justamente ao esforço da instituição em indicar como garantidor do pagamento da dívida o FIB Bank – que, embora tenha esse nome, não é uma instituição financeira

O G1 entrou em contato com o FIB Bank por telefone e por e-mail, e também pediu um posicionamento para o advogado que acompanhou o presidente da empresa, Roberto Pereira Júnior, em depoimento à CPI da Covid. Não houve resposta aos questionamentos.

O mesmo FIB Bank rejeitado na ação trabalhista é investigado pela CPI da Covid após ter sido contratado para fornecer uma carta-fiança de R$ 80,7 milhões para a compra da vacina indiana Covaxin.


O contrato – que acabou suspenso devido a suspeitas de irregularidades – tinha um valor de R$ 1,6 bilhão e teve a negociação com o Ministério da Saúde intermediada pela Precisa Medicamentos, cujo dono é o mesmo da Global Gestão em Saúde, o empresário Francisco Emerson Maximiano.

A compra do imunizante indiano foi encerrada em meio a denúncias de irregularidades. Atualmente, o caso está em investigação pelo Ministério Público, pela Polícia Federal e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Para os senadores, o FIB Bank apresenta uma série de irregularidades – desde o capital, estimado em R$ 7,5 bilhões integralizados em dois terrenos, ao quadro societário. Suspeita-se que “laranjas” tenham sido usados para esconder um “sócio oculto” no comando e que a instituição não tenha o patrimônio indicado.
Na última semana, a CPI da Covid pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar todos os contratos firmados pela União com o FIB Bank e, aos ministérios, entre os quais Economia e Casa Civil, que suspendam as cartas de fiança emitidas pela instituição.


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Tópicos: irregularidades, covid, bank