Deputados discutem reajuste no tempo de dois minutos
19/06/2018 14h08Fonte Alepi
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Os deputados estaduais discutiram o reajuste dos professores usando o tempo de dois minutos, com a galeria repleta de educadores aplaudindo a oposição.
O primeiro a falar foi Robert Rios (DEM), que acusou a base do governo de derrotar requerimento que propunha a realização de audiência pública para discutir o atraso nos repasses dos descontos dos servidores para o Plamta. Ele sugeriu que os professores ingressem na Justiça para fazer valer o reajuste que o governo concedeu e ele mesmo vetou, mas o veto foi derrubado, inclusive com o apoio da bancada governista.
O deputado Luciano Nunes (PSDB) defendeu que a Assembleia derrube novo projeto que o governo possa enviar para aprovação a toque de caixa. O deputado Rubem Martins (PSB) se solidarizou com os professores e lamentou que eles tivessem sido obrigados as entrar em greve. Gustavo Neiva (PSB) disse que a culpa da paralisação é do governo, que não cumpriu a lei federal do piso salarial dos professores. Ele citou um caso em que a Justiça teve que entrar a favor do transporte escolar, no município de Palmeira do Piauí.
Dr. Pessoa (SD) se solidarizou com os professores, dizendo lamentar que o atual governo descumpra a lei sobre o salário dos professores. Ele citou o exemplo da Coreia do Sul, que depois de arrasada soube cuidar da educação. O deputado Fábio Novo (PT) explicou a questão do projeto de aumento que o próprio governador vetou, justificando seu voto para derrubar o veto. Ele sugeriu aos professores que ingressem com ação na Justiça. O deputado Robert Rios falou pela segunda vez, dizendo que o veto ao reajuste do governo deve ser mantido, para que o governador se torne inelegível por ter mandado um projeto de aumento fora da lei.
Marden Menezes (PSDB) lamentou que a bancada do governo tivesse derrotado o pedido de audiência pública para debater o não repasse dos descontos para o Plamta aos hospitais. Para ele, o governador precisa entender que ele é o responsável pelo desmonte do Estado. Ele considera um absurdo que o governo, enquanto não dá reajuste aos professores, esteja encaminhando uma PEC para ampliar o limite de reajuste para os servidores que ganham mais.