"Dissociamos nossa imagem do PT em 2020", afirma Margarete Coelho
06/04/2025 22h26Fonte ClubeNews
Imagem: Pablo Rodrigues/ Rádio Clube News
Margarete Coelho

A ex-deputada federal, Margarete Coelho (Progressistas-PI), negou qualquer proximidade política com o grupo do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e afirmou que a sua imagem foi dissociada dos governos petistas do Piauí desde 2020.
Atual diretora nacional de Administração e Finanças do Sebrae, Margarete Coelho ensaia uma candidatura ao Governo do Piauí para 2026 pelo grupo de oposição. Entretanto, a ex-deputada soma na bagagem um histórico de alinhamento com o atual grupo político, que governa o estado.
Margarete Coelho foi vice-governadora do Piauí entre 2015 e 2018 durante o terceiro mandato de Wellington Dias à frente do Palácio de Karnak. Na época, PP e PT ocupavam o mesmo palanque diante da aliança entre o senador Ciro Nogueira (Progressistas) e Dias.
“Nós já dissociamos as nossas imagens em 2020, quando nós saímos da base do Wellington Dias. Eu fui vice-governadora do Wellington Dias por indicação do meu partido. Não houve uma adesão. Eu era uma aliada do Wellington Dias diante de uma conjuntura de coligação entre o PP e o PT”, declarou a ex-deputada em entrevista à rádio Clube News FM.
Caminhos divergentes
Os dois partidos seguiram rumos opostos a partir de 2020, quando o Progressistas aderiu à base do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Em âmbito estadual, Margarete Coelho disse que o quarto governo de Wellington Dias – entre 2019 e 2022 – não seguiu o “conteúdo programático”.
“Fui uma vice próxima, leal, sincera, colaborativa, mediadora em diversos debates. Mas houve um momento em que o Governo Wellington Dias, principalmente no segundo mandato, se descolou completamente do conteúdo programático em relação ao Progressistas. E nós saímos do Governo”, disse.
Sem aliança
Na avaliação de Margarete, nas eleições de 2014, o grupo de Wellington Dias saiu vitorioso com a implementação da estratégia de coligação com os progressistas. A ex-parlamentar voltou a reiterar que não é aliada do ex-companheiro de chapa, com quem disse manter boa relação administrativa.
“Não há o que falar de Margarete coligada com Wellington Dias. Eu fui eleita junto com ele, éramos uma chapa. Da mesma forma que o PT levou votos para essa chapa, o PP também levou. O Wellington tinha os votos dele e nós somamos os nossos e foi por isso que nós levamos a eleição no primeiro turno”, explicou.
Eleições 2026
O grupo de oposição no Piauí aposta em uma candidatura própria para fazer frente ao gestão do governador Rafael Fonteles (PT-PI), candidato natural à reeleição. Margarete Coelho afirmou que o bloco pode sair em vantagem mediante o atual cenário de queda na popularidade do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é aliado de Fonteles.
“As quedas de avaliação do Governo Lula têm sido sucessivas. A cada nova pesquisa, mais uma queda. Isso aponta para um outro cenário. Isso está chegando ao Piauí. Basta se ver que o presidente Lula caiu mais de 30% na aprovação no Piauí e na região Norte ele já empata com os seus opositores. Isso mostra uma cenário em transformação”, apontou a ex-deputada.
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