Em audiência pública da Alepi, Governo garante apoio para reabertura da fábrica em Fronteiras

26/06/2019 10h30


Fonte Alepi

Imagem: AlepiClique para ampliarEm audiência pública da Alepi, Governo garante apoio para reabertura da fábrica em Fronteiras.(Imagem:Alepi)

O Governo do Estado dará incentivo fiscal para que o Grupo João Santos (Itapissuma) reabra a fábrica de cimento localizada em Fronteiras.

A garantia foi dada hoje (25) pelo representante da Secretaria de Fazenda, Emílio Júnior, durante audiência pública realizada no plenarinho da Assembleia Legislativa para debater a situação dos funcionários que foram demitidos pela empresa após o fechamento da fábrica.

O deputado Georgiano Neto (PSD), presidente da Comissão de Infraestrutura e Política Econômica, abriu a audiência pública que contou com a presença dos deputados Warton Lacerda (PT) e Franzé Silva (PT), que requereram a reunião, Cícero Magalhães (PT) e Firmino Paulo (Progressistas). A prefeita de Fronteiras, Maria José Sousa, o juiz do Trabalho de Picos, Fernando Gomes, e o representante do Grupo João Santos, Humberto Araújo, participaram da reunião, juntamente com ex-funcionários da fábrica que lotaram o plenarinho da Alepi.

Ao falar no início da audiência pública, o deputado Warton Lacerda disse que entre 300 e 350 pessoas perderam seus empregos após o fechamento da fábrica e agora lutam na Justiça para receber as indenizações trabalhistas. A prefeita de Fronteiras, Maria José Sousa, afirmou que chegou a 1.500 o número de empregos diretos e indiretos proporcionados pela indústria e que, devido ao seu fechamento, a cidade de Fronteiras perdeu um grande volume de recursos provenientes do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, Transporte e Comunicação).

O ex-prefeito de Fronteiras, Eudes Ribeiro, sugeriu que o Governo do Estado dialogue com representantes do Grupo João Santos para decidir se pretende ou não reabrir a fábrica. Falando em nome dos funcionários, Paulo Pinheiro disse que Fronteiras tem todas as condições para que a fábrica volte a funcionar, incluindo matéria-prima e mão-de-obra capacitada.

Em seguida, o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ednaldo Brito, disse que a empresa ofereceu imóveis para venda visando arrecadação de recursos para pagamento dos direitos trabalhistas dos funcionários. Ele assinalou que já foram obtidos R$ 6,9 milhões com a venda dos imóveis e que um terreno deverá ser comercializado ainda este ano por mais de R$ 7 milhões. O representante do Grupo João Santos, Humberto Araújo, garantiu que a empresa pagará todos os direitos trabalhistas e que tem pretensão de reabrir a fábrica de cimento de Fronteiras.