Esquema milionário em Roraima e Venezuela contrabandeava ouro para Índia e Emirados Árabes

06/12/2019 16h47


Fonte G1

Imagem: Reprodução/TV GloboEsquema milionário em Roraima e Venezuela contrabandeava ouro para Índia e Emirados Árabes(Imagem:Reprodução/TV Globo)

O esquema de contrabando de ouro revelado pela Polícia Federal em operação realizada nesta sexta-feira (6), em cinco estados brasileiros, tinha como principais destinos Emirados Árabes Unidos e Índia. É o que informaram ao blog investigadores com acesso aos dados do caso.

Como informado pelo G1, 150 policiais foram mobilizados para cumprir 17 mandados de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 18 de sequestro de bens e 48 de busca e apreensão em Roraima, Amazonas, Rio Grande do Norte, Rondônia e São Paulo.

A operação foi autorizada pela 4ª Vara Federal em Roraima, que também determinou o bloqueio de R$ 102 milhões dos envolvidos.

Nos últimos três anos a quadrilha teria movimentado R$ 230 milhões no contrabando de 1,2 tonelada de ouro da Venezuela e de garimpos ilegais no estado de Roraima, que figura entre os maiores estados exportadores de ouro do país. O Brasil é o 15º no ranking mundial.

Responsável financeiro

Investigadores revelaram ao blog que um ex-funcionário do Banco do Brasil no Rio Grande do Norte é apontado como o responsável financeiro do grupo criminoso.

Batizada de “Hesperides”, a operação mira três empresários venezuelanos, suspeitos de chefiar o esquema. Um deles, inclusive, é procurado pela Interpol por tráfico de drogas e crimes financeiros cometidos na República Dominicana.

A PF também investiga servidores da Receita Federal, estadual e Procuradoria Geral de Roraima.

De acordo com a polícia, o ouro extraído em Roraima e na região sul da Venezuela, na fronteira entre o estado brasileiro e o país vizinho, passava por um processo de “legalização” em um esquema que envolvia pagamento de propina aos servidores públicos.

O órgão investigador ainda suspeita do envolvimento de um procurador do estado, uma servidora comissionada da Procuradoria Estadual, um analista da Receita Federal e uma auditora fiscal de tributos do estado.
 

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