Governadores do Nordeste irão se reunir para traçar estratégias contra avanço de óleo nas praias
01/11/2019 15h25Fonte Cidadeverde.com
Imagem: LídiaBrito/CidadeVerde.com
O governador Wellington Dias (PT) reassumiu o governo na manhã desta sexta-feira (01). Em solenidade no Palácio de Karnak, a vice-governadora Regina Sousa (PT) transmitiu o governo para ele, após alguns dias de viagem pela Europa.
Durante entrevista, o governador falou das preocupações ambientais causadas pelo avanço das manchas de óleo nas praias nordestinas. Wellington afirma que os governadores não ficaram esperando uma solução do Governo Federal. Segundo ele, os nove governadores nordestinos irão se reunir dia 06 para traçar estratégias para combater o avanço do óleo.
“Alertamos para a situação do óleo que chega nas praias e a necessidade de um apoio técnico para investigação. O fato é que ainda não parou e há a necessidade de cuidarmos com muito cuidado pelo efeito, que isso tem ambiental e social e econômico. Há necessidade de um tratamento emergencial. O Consórcio do Nordeste já se posicionou na primeira semana. Já retiramos uma posição comum de agir. Não só o Piauí, mas há uma parceria com todos os órgãos e todos os estados do Nordeste. Tivemos mais de 300 kg de óleo retirado de praias. Ao verificar essa situação, ainda é preciso saber a origem. Há quanto tempo tem o vazamento? Qual a origem? Qual a solução? Ele foi esporádico ou prossegue? Há indícios de que antigos poços em alto mar apresentem vazamentos. É necessidade de apoio técnico que possa garantir diagnóstico correto e uma solução efetiva. Vamos nos encontrar dia 06 no Recife, Pernambuco, com um grupo de trabalho que está debruçado sobre isso e deveremos ter um apontar de medidas. Não podemos ficar esperando medidas do Poder Central. Há necessidade de agir com muita segurança”, destacou.
Wellington Dias alerta para os danos ambientais e econômicos provocados pela explosão. O governador afirma que apesar da preocupação, os turistas podem ficar tranquilos.
“Fizemos várias agendas. Estive em Parnaíba e já me encontrei com a equipe técnica. Apontamos a necessidade dos efeitos no Estado. Já foi verificado e comprovado a contaminação e morte de tartarugas. Temos área de desova e reprodução. Temos peixe-boi e cavalo-marinho. É muito delicado na região entre Jericoacoara, Camocim, em direção ao Delta do Parnaíba e Lençóis Maranhenses. Há necessidade de cuidarmos desse ecossistema com muita clareza, sem contar a nossa população vive do pescado. A atividade econômica não pode ser afetada. O Piauí ainda é um dos menos afetados, porém, qual a nossa preocupação. É que não parou. Na região da Bahia chegou uma onda nova de óleo. O turista pode vir trabuque-lo. As medidas permitem um reparo com grande eficiência”, afirmou.
Sobre a agenda na Europa, o governador destacou as atividades da Pan-amazônica. “Tivemos a aprovação de uma carta aprovada por lideranças vinculadas à Igreja Católica e todos os continentes. Não apenas da região da Pan-amazônica, mas de todos os continentes. Ela é um marco para o planeta porque traz uma carta a partir de líderes da Igreja, mas traz um alerta que a ciência percebe do que vivemos no planeta. Há uma elevação da temperatura que altera a vegetação, o ciclo da água e coloca em risco os seres humanos. Já temos o que chamamos de processo de mudanças climáticas. É algo a ser cuidado. Tivemos uma celebração pelo Papa e a abertura do evento da Pontífice Academia de Ciência do Vaticano, coordenada pelo Dom Marcelo, com a presença de Dom Cláudio e vários líderes. A organização da Pan-amazônia onde os estados ou províncias da Amazônia. Onde os estados e províncias dos noves países que integram a Amazônia, sou grato. Essa é uma porta aberta pelo estado do Piauí que é pré-amazônia e deve ser tratado dentro dos programas e metas a serem trabalhadas e alcançadas. Tem um documento final com caminhos para o desenvolvimento sustentável. Criação de pescado, turismo, projetos da produção de frutas nativas, não tem romantismo. A ideia é trabalhar na perspectiva de garantir qualidade de renda e vida para quem vive nas florestas. Na Agenda da Alemanha fica claro que há uma disposição do mundo em ajudar, mas o dinheiro que seus contribuintes colocam deve chegar diretamente as pessoas beneficiadas. Devem ser projetos com transparência e acompanhamento. Foi um momento importantes para o Piauí, o Brasil e o mundo”, disse.