Guedes diz a interlocutores que cabe à polÃtica definir cortes para dar reajuste a policiais
21/12/2021 12h56Fonte G1
Imagem: Reprodução O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem dito a interlocutores da pasta junto ao Congresso que cabe à política definir os cortes no Orçamento para conceder reajuste a policiais federais, como quer o presidente Jair Bolsonaro.Segundo o blog apurou, o ministro da Economia já explicou algumas vezes a articuladores políticos do governo junto ao Congresso que a pasta mandou o pedido de reserva de recursos ao Legislativo – mas não sugeriu de onde cortar pois diriam que o ministro definiu cortes em "saúde, educação para dar aumento a policiais", por exemplo.
Para o Ministério da Economia, é a política que decide de onde tira e para onde irão os recursos, já que os técnicos não interferem na política. O reajuste a policiais federais é uma demanda do presidente Bolsonaro, que quer agradar parte de sua base eleitoral.
Em novembro, Bolsonaro disse que daria aumento generalizado ao funcionalismo público. O ministro da Economia chegou a dizer ao presidente que não havia mais espaço no orçamento para nenhuma despesa. Alinhado à posição de Guedes, o Congresso também reagiu, afirmando não ver espaço para o gasto com o funcionalismo. O presidente, então, pediu a Guedes que organizasse um aumento para categorias localizadas, onde ele tem apoio eleitoral – como os policiais federais. No caso dos policiais, o parecer do relator, do Orçamento divulgado na segunda-feira (20), não indicava recursos para o aumento de salário.
Nesta terça-feira, porém, as negociações avançaram e, segundo interlocutores do Congresso Nacional, pode ser disponibilizado R$ 1,7 bilhão para essa finalidade. O valor, se confirmado, ficará abaixo do proposto pela área econômica na semana passada (R$ 2,8 bilhões), com base em pedido feito pelo presidente Jair Bolsonaro.
Lideranças da cúpula do Congresso ouvidas pelo blog disseram que cabe ao governo resolver a questão com policiais – e que temem a pressão de outras categorias, que não terão aumento, por novos reajustes.
O impasse segue em discussão entre lideranças do Congresso e integrantes do governo Bolsonaro.
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