Hackers atacam polÃticos que aprovam a criminalização do aborto
16/06/2024 09h31Fonte Meio News
Imagem: Marcelo Camargo/Agência BrasilDeputado Federal Eduardo Bolsonaro teve um tuíte antigo de Lula colocado em seu site
Após a Câmara dos Deputados aprovar urgência para o PL do Aborto com amplo apoio parlamentar, os sites de políticos do Partido Liberal foram derrubados. O site oficial do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi inativado na noite deste sábado (15). Além de estar fora do ar, o site do deputado também exibe um tuíte antigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Nossos fãs não param de crescer. Siga o Lula no Instagram", diz a postagem do petista de 2018, ocasião que Eduardo curtiu uma foto do presidente sem camisa no Instagram. Minutos depois, o "like" foi desfeito.
Além do deputado, outros membros do PL como Bia Kicis (DF), Alexandre Ramagem (RJ) e Delegado Paulo Bilynskyj (SP), que apoiaram o PL do Aborto, têm seus sites fora do ar. Nos sites dos demais, é exibida uma mensagem de erro interno no servidor.
"Esse é um ataque criminoso de alguém intolerante, que não respeita quem pensa diferente. Já estamos trabalhando para recuperar o site e vamos denunciar os responsáveis por esse ataque cibernético", afirmou Bia Kicis ao jornal O Globo.
CONTA ASSUME ATAQUE
No sábado (15), uma conta no X (antigo Twitter) assumiu o ataque hacker. "Está proibido ter site se você pertence à bancada do estupro", diz a mensagem. A invasão ocorre em meio a manifestações nas ruas do país, que protestam contra o PL nº 1.904/2024, que equipara o aborto após a 22ª semana de gravidez ao crime de homicídio.
PL DO ABORTO
O projeto propõe alterações no Código Penal, criminalizando o aborto realizado em fetos com mais de 22 semanas como homicídio simples, com pena de 6 a 20 anos. No Brasil, o aborto é considerado crime, exceto em casos de estupro, anencefalia fetal ou risco de vida para a gestante.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mencionou que ainda não há data para votação, mas que uma relatora moderada será indicada para discutir o projeto com a bancada feminina antes de seguir para o Senado.
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