Magalhães adverte que se não houver entendimento, decisão será no voto
07/06/2019 11h46Fonte Alepi
O deputado Cícero Magalhães (PT) afirmou que a Assembleia Legislativa é a casa do entendimento e do diálogo, mas quando isso não prevalece o que resolve é o voto, referindo-se à derrota da oposição quando apresentou um pedido de audiência pública para discutir a greve dos servidores da Educação, anunciada para o próximo dia 14.
"Não vi o nosso líder ser arrogante ou truculento quando orientou a base a votar contra, mas a oposição é pequena e, para votar e aprovar as suas matérias, precisa da ajuda da base do governo. Temos feito isso, pois só hoje foram aprovados três pedidos de audiência, quando o Regimento Interno diz que só podem ser duas por semana. Este ano já foi feita audiência na área da educação estadual”, lembrou.
Magalhães também disse que não entende porque quando trata de assuntos como o da Saúde, a oposição usa dois pesos e duas medidas, pois ao tempo em que diz que o hospital de Esperantina não tem superlotação e é limpo, paga os salários em dia, afirma que em Floriano e Picos existe um caos.
“Mas, isso só acontece porque o governo aumentou os atendimentos e quando faz isso a população procura os serviços. A saúde tem dificuldades não é só no Piauí, mas em todos os estados do Brasil. O governo investe os 12% que a constituição manda, mas eles não são suficientes”, admitiu.
O deputado Gustavo Neiva (PSB) também usou a tribuna e disse que as visitas aos hospitais não são seletivas e a ida da Comissão de Saúde a Esperantina foi proposta pela base do governo.
“O que queremos é que Esperantina seja o modelo para os outros municípios. Se lá os salários estão em dia, por que não pagar também em dia os servidores de Floriano e Picos? É óbvio que todos devem ser tratados do mesmo jeito. Soube hoje que o diretor do Tibério Nunes foi demitido, porque o governo entendeu que o problema era de gestão. Meus parabéns ao governo”, disse.
Neiva afirmou também que a audiência pública sobre a greve dos professores foi apresentada a pedido da categoria e não foi iniciativa da oposição "apenas para fazer teatro", como acusou o líder. “Dizer que tem audiência represada não me convence. Dizer que quem tem boca vai a Roma não vale e que quem manda é o voto é sinal de truculência. Mas, independente disso vou manter o respeito e a admiração por todos os membros dessa casa”, afirmou.
Para encerrar a fala, Magalhães disse que lembra do governo anterior ao atual quando era o único deputado de oposição e os professores acampavam nas calçadas do Palácio de Karnak e não eram atendidos. Lembra também que os seus requerimentos não eram aprovados porque não tinha a solidariedade da bancada governista, como a oposição agora vem recebendo.
“A audiência pública que não foi aprovada não foi só por votar por votar. É que está havendo um diálogo no Tribunal de Contas e não vamos tirar de lá enquanto não esgotar o diálogo. Aí sim vamos trazer para cá. Não tenho vergonha de defender o meu governo e tenho certeza que ele será o melhor na história do Piauí”, afirmou.