Magalhães lamenta carnaval de domingo na Câmara dos Deputados
19/04/2016 17h00Fonte Alepi
O deputado Cícero Magalhães (PT) lamentou não o julgamento, mas o linchamento de um inocente, o “carnaval” fora de época, numa referência à votação pela Câmara dos Deputados, no domingo (17), da continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que denegriu a imagem do Brasil em todo mundo.Magalhães condenou o comportamento da deputada Raquel Muniz (PSD), que protagonizou a cena mais deprimente da votação e, no dia seguinte, acordou com a Polícia Federal batendo na sua porta para prender o marido prefeito a quem ela havia elogiado durante a votação na Câmara.
Cícero Magalhães também lamentou a atitude machista do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) por relembrar o passado da presidente Dilma de maneira desrespeitosa com a mulher, como ele sempre faz. “Um verme, um indigno que não marece nem estar ali, pela forma desrespeitosa com que se refere às mulheres, que são maioria nesse país. A presidente Dilma foi vilipendiada em seus direitos pela ditadura, condenada a dois anos de cadeia, passou três anos e meio sofrendo todo tipo de pressão. E não entregou ninguém”, lembrou Magalhães.
Imagem: AlepiCícero Magalhães (PT)
A noite de domingo, avaliou o deputado, foi um espetáculo que envergonhou o mundo, indigno para o cidadão comum assistir. “Ver o presidente da Câmara (deputado federal Eduardo Cunha, do PMDB-RJ) ser chamado repetidas vezes de ladrão, sem tremer a cara, porque é um descarado, fazendo de conta que não era com ele. Agora o Brasil assiste os aliados de Cunha defender a anistia para os crimes que esse deputado cometeu e que já foram comprovados com todas as provas”.
Em aparte, Dr. Pessoa (PSD) repetiu que faltou habilidade política para a presidente Dilma para governar o Brasil. O deputado propôs a realização de eleições gerais – de vereador a presidente da República - ainda este ano, para botar ordem no país. “Se a Dilma for afastada, quem vai governador o Brasil? Temer, Cunha, Calheiros? No país, 70% dos políticos tem odor desagradável, (de corrupção). Só eleições gerais para mudar esses políticos que aí estão. É uma safra podre”.
O deputado João de Deus (PT) reconheceu a coerência do deputado federal Marcelo Castro (PMDB), que mesmo sabendo que o seu suplente, o deputado Flávio Nogueira (PDT) votaria contra o impeachment, decidiu deixar o ministério da Saúde para votar pessoalmente com a presidente Dilma. “Ele preferiu enfrentar as ameaças e ir votar contra”.
O líder do Governo na Assembleia Legislativa disse que rolou muita grana na votação do domingo. “E não foi do nosso lado, como a oposição vive falando. Infelizmente, isso acontece naquele parlamento, o que envergonha o cidadão brasileiro. A imagem do Brasil no mundo foi arranhada”.
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