Manifesto anti-Dilma tem pouca adesão na Capital Piauiense

13/04/2015 13h50


Fonte Oolho.com

A manifestação que pediu a retirada da presidente Dilma Rousse (PT), realizada no último domingo (12), em frente a Assembleia Legislativa do Piauí, na avenida Marechal Castelo Branco, não conseguiu atrair grande público. A organização do ato lamentou o público reduzido mas garantiu que o objetivo do manifesto foi conquistado.

"Foi uma manifestação produtiva, pois as pessoas que vieram são compromissalas com um país melhor. Teresina agora tem um palco onde todos podem ser ouvidos e manifestarem sua indignação com a presidente Dilma", avaliou Karina Araújo, organizadora do evento.

Para o médico Thiago Augusto, a banda contratada para a manifestação, foi um fator negativo. "Isso descaracteriza o ato. Não trouxe maior público e não representou uma força para a manifestação", disse.

Imagem: Oolho.comManifesto anti-Dilma tem pouca adesão na Capital Piauiense(Imagem:Oolho.com)

Ainda na avaliação do médico, o pedido de impeachment da presidente de Dilma, não representa uma solução para o país. Ele acredita que a cassação é o método mais adequado. "Quero uma cessação do registro de candidatura de Dilma. Não tenho a ilusão de que estes manifestos vão chegar ao impeachment", disse Thiago Augusto.

De acordo com informações repassadas pela equipe da Polícia Militar que realiza a segurança do evento, cerca de 300 pessoas passaram pela avenida Marechal Castelo Branco, na tarde deste domingo. Nem mesmo a banda de forró, contratada para dar um novo formato ao evento, conseguiu atrair um público maior.

O primeiro ato realizado em Teresina contou com pouco mais de 4 mil manifestantes, segundo a PM. Logo no início da noite, a maioria dos presentes deixaramm o local por conta da chuva que voltou a cair na zona Norte da capital.

COMÉRCIO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS E CAMISETAS

Os organizadores do movimento "Vem Pra Rua" venderam diversas camisas ao valor de R$ 10. As camisas estampam o rosto da presidenta Dilma Rousseff (PT). No local, diversos barraqueiros se instalaram, mas as vendas não saíram como esperado.

"Na manifestação passada vendi mais de 100 cervejas, nesta apenas sete",
lamentou o barraqueiro Pedro Junior. Ele é a favor da manifestação, realizada de forma pacífica, mas acredita que a presidente Dilma não deve ser retirada do cargo. "Votei nela e acho que primeiro têm que ser retirados os corruptos e se der jeito tira ela", disse o vendedor de bebidas que também recebe benefícios do governo federal, como o Bolsa Família.

Durante o ato era comum a presença de pessoas ingerindo bebidas alcoólicas. Márcio Sousa não vê impecilho nesta questão. "É final de semana e não vejo problema com isso. Estou protestando contra a presidente, bebendo socialmente e não tem relação entre uma coisa e outra", explicou.

A organizadora geral do evento voltou a cobrar a presença do governador do Estado, Wellington Dias (PT), mesmo não admitindo a fala de qualquer representante político no palco do manifesto. "Cadê o senhor que tanto nos criticou, governador? Estamos aqui novamente pra pedir a retirada de sua presidente Dilma do poder", disse Adriana Sousa em tom expressivo.

Durante a manifestação não foi vista a presença de representantes políticos no evento. No ato realizado no dia 15 de março, os deputados Robert Rios (PDT) e Rúben Martins (PSB), e o ex-governador Zé Filho (PMDB) estiveram presentes, mas não fizeram falas ao público.

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