Margareth Menezes convida Maria Marighela para comandar a Funarte

03/01/2023 11h43


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoClique para ampliarMargareth Menezes convida Maria Marighela para comandar a Funarte(Imagem:Reprodução)
 A ministra da Cultura do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Margareth Menezes, convidou a vereadora de Salvador, atriz e produtora cultural Maria Marighella, para o comando da Fundação Nacional de Artes (Funarte).

O anúncio foi feito na noite de segunda-feira (2), quando Margareth Menezes assumiu o cargo. À frente do ministério, ela terá o desafio de liderar a pasta que foi extinta no governo Bolsonaro.

Nesta terça-feira (3), Maria Marighella disse que vai ter a missão de retomar a reconstrução da Política Nacional das Artes, que segundo ela, foi interrompida em 2016, com o fim do governo de Dilma.

"Assumo com muita honra a missão que me foi confiada pela ministra Margareth Menezes - a quem celebro e agradeço. É uma grande responsabilidade ser a primeira mulher nordestina a ocupar esta Presidência", disse a nova representante da Funarte.
"Refundaremos também a Funarte com a força da Cultura de todo Brasil. À reconstrução do Min, à refundação do Brasil".

Maria Marighella foi eleita vereadora da capital baiana pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em novembro de 2020, com 4.837 votos. Sua candidatura foi fundada junto à Manifesta Coletiva, movimentação cidadã de ocupação da política institucional da qual faz parte e através da qual defende “uma outra cultura política em Salvador”.

Nascida em Salvador, em 16 de janeiro de 1976, é atriz graduada pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Filiou-se ao PT em fevereiro de 2020, após uma longa trajetória em governos petistas, nos âmbitos federal e estadual, como gestora de políticas públicas para a cultura.

Foi coordenadora de Teatro da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e da Fundação Nacional de Artes (Funarte), além de Diretora de Espaços Culturais da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA), tendo acumulado mais de dez anos de experiência na gestão de políticas culturais e contribuído com diversas instituições do país.

Em sua passagem mais recente pela Secretaria da Cultura do Estado da Bahia, atuou na construção e aprovação da Lei Aldir Blanc - que, dentre outras medidas, possibilitou o auxílio emergencial para trabalhadoras e trabalhadores da Cultura durante a pandemia da Covid-19.

Feminista e antirracista, Maria Marighella exerceu o primeiro mandato na Câmara Municipal de Salvador com a pauta da cultura na centralidade de um projeto de desenvolvimento para a capital baiana que tenha como meta a justiça social e o bem-estar de todas as pessoas na cidade.

Ativista da cultura, sendo também professora e produtora teatral, Maria Marighella traz em seu nome e na sua história a luta por democracia no Brasil que tem em seu avô, Carlos Marighella, um de seus maiores símbolos.

Quando Maria nasceu, ainda na época da ditadura, seu pai, Carlos Augusto Marighella, se encontrava preso por causa de uma operação comandada pelo coronel Brilhante Ustra, que encarcerou dezenas de militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) na Bahia.

Em seu primeiro mandato na Câmara Municipal de Salvador, Maria Marighella foi indicada pela Presidência da Câmara para assumir a gestão do Centro de Cultura Vereador Manuel Querino, além de ter sido eleita membro das comissões permanentes de Cultura e de Defesa dos Direitos da Mulher.


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