Moro nega pedido de liberdade de ex-gerente da Petrobras

03/08/2017 10h03


Fonte G1 Globo

Imagem: Rodrigo FonsecaClique para ampliarEx-gerente da Petrobras Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos foi preso(Imagem:Rodrigo Fonseca)Ex-gerente da Petrobras Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos foi preso
O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, negou o pedido da defesa do ex-gerente da área Internacional da Petrobras Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos sobre a revogação da prisão.

A decisão foi publicada no sistema eletrônico da Justiça Federal nesta quarta-feira (2).

O ex-gerente foi preso no dia 25 de maio deste ano no Rio de Janeiro e é acusado de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. Atualmente, ele é réu no processo e está detido no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça Federal do Paraná no dia 12 de junho e aceita por Moro no dia seguinte.

Segundo a acusação, Bastos recebeu US$ 4,8 milhões em propinas em uma conta offshore na Suíça, da qual era beneficiário.

Em contrapartida, utilizou-se do cargo para dar amparo técnico a um negócio envolvendo a venda de um campo seco de petróleo em Benin, na África, para a Petrobras, em 2011.

"Até o momento o acusado sequer apresentou os extratos da conta na Suíça para que se possa avaliar a movimentação dos valores posterior ao recebimento dos aludidos depósitos ou se houve recebimento por outras fontes. Não está a tanto obrigado, mas também não é viável fiarse, sem prova documental, apenas na sua palavra cambiante de que não tem mais o restante do dinheiro", disse Moro ao decidir pela manutenção da prisão preventiva.

O esquema relatado na denúncia é o mesmo pelo qual o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada já foram condenados, em outro processo da Lava Jato.

Conforme o MPF, um relatório da Comissão Interna de Apuração da Petrobras, que investigou os fatos, apontou que Bastos foi responsável por uma série de irregularidades. Por isso, ele foi demitido por justa causa, no segundo semestre de 2016.

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Tópicos: liberdade, pedido, nega, moro