Morte de Assis deixa vácuo no PT e sigla pode não efetivar o vice
05/07/2020 20h38Fonte Meio Norte
Imagem: Reprodução
Além do luto e surpresa que a morte do deputado federal Assis Carvalho causou no PT, onde ele tinha liderança firme e guiava os rumos da sigla no Piauí, o falecimento do deputado ocorrido neste domingo, 05, tem repercussões imediatas na política local. Na cadeira de Assis na Câmara Federal assumirá o suplente Merlong Solano, atual secretário de Administração do Estado. Já no comando do PT, cuja cadeira de presidente Assis obteve com larga folga após disputa com o vereador da capital Dudu em eleição ocorrida em setembro do ano passado, assume, a princípio, o vice-presidente, prefeito da cidade de Hugo Napoleão, Hélio Rodrigues. Assis era da tendência "Construindo um novo Brasil".A coluna conversou com dois petistas com cadeira no diretório estadual do PT e confirmou que haverá ainda um entendimento para efetivar Hélio ou substitui-lo. "Nesse caso a uma outra eleição ou entendimento para a tendência que ganhou assumir a presidência, porque no PT o presidente é eleito em separado da chapa", disse fonte no PT. Ou seja, o vice só é indicado depois, sendo os votos no presidente e na chapa de cada instância (municipal, estadual e nacional). "Se o diretório não oficializar o Hélio, no encontro mesmo se escolhe outro nome", informou petista com assento no diretório.
Recentemente o prefeito de Hugo Napoleão fez elogios ao senador Ciro Nogueira (Progressistas) com quem Assis tinha tido desentendimentos políticos considerando o afastamento entre os dois partidos. Cabe agora ao PT, após o momento de choque com a morte de Assis, definir como a sigla irá marchar nas eleições municipais deste ano. Firme na direção do partido, Assis Carvalho era conhecido por colocar o PT e as bandeiras ideológicas da sigla sempre em primeiro lugar, fazendo frente até mesmo ao governador Wellington Dias internamente - mas nunca em público.
Não há uma liderança natural que possa substituir Assis nesse momento e o entendimento sobre o novo presidente da legenda deve ser construído coletivamente, tendo o próprio governador nesse momento de fragilidade entre os membros do PT, uma preponderância maior na decisão.
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