MunicÃpios intensificam demissões e contenção de gastos por queda de recursos
18/09/2015 13h37Fonte APPM
A situação dos municípios piauienses chegou ao limite no mês de setembro e muitos iniciam ou intensificam as demissões e a contenção de despesas, mantendo apenas as áreas essenciais como saúde, educação e o social. São 163, dos 224 municípios, que dependem exclusivamente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que amarga uma queda de 29,28% no acumulado do 2.º decêndio de setembro em comparação com 2014.O grito por socorro vem de todas as regiões do Piauí. No município de Curimatá, por exemplo, o prefeito Reidan Kleber baixou um decreto no início deste mês reduzindo em 30% o orçamento de 2015. São cortes em salários, gratificações, diárias, despesas com energia, telefone, proibição de contratação de shows e eventos, dentre outras medidas, preservando-se apenas serviços essenciais.
“Estamos reduzindo nossos salários em 30%, prefeito, vice-prefeito e secretários municipais. Até o início de 2016 também cortaremos 50% do valor das gratificações e a redução no número desses cargos. Ou fazemos isso ou não conseguiremos honrar com nossos compromissos”, destaca o prefeito.
Imagem: APPMReidan Kleber
Outro município que passa por extrema dificuldade é São João da Varjota. O prefeito Raimundo Barbosa entrou em contato com a Confederação Nacional de Municípios (CNM) para pedir ajuda. Ele disse não saber mais o que fazer para conseguir manter um dos setores essenciais de um governo: a Educação.
"O dinheiro que vem pras prefeituras tem acabado. Estamos em dificuldade para pagar o funcionalismo, energia que aumentou, os encargos sociais, o salário mínimo desde o início do ano e este mês nós recebemos 38% a menos do que no ano passado. Está difícil. O setor mais grave é a Educação”, relata.
A grande maioria dos prefeitos manifesta-se a Associação Piauiense de Municípios (APPM) sem saber qual compromisso cumprir com esses valores. Para o presidente da APPM, Arinaldo Leal, o prefeito que consegue manter as contas equilibradas com essa queda constante está fazendo mágica.
“Nós já nos planejamos para uma queda nesse período do ano, mas a que aconteceu agora além de ser muito brusca, vem somar-se a outras sucessivas que estão abalando as contas dos municípios desde 2013”, finaliza o presidente.
Imagem: APPMArinaldo Leal
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