Parlamentares veem dificuldades para reforma da previdência após greve
29/04/2017 08h23Fonte Cidadeverde.com
Depois da Greve Geral, movimento que parou diversas categorias trabalhistas em todo o país na sexta-feira (28), parlamentares admitem dificuldades para o Governo Temer aprovar a reforma da Previdência - pelo menos no formato atual do projeto, do qual o presidente não queria abrir mão.Em entrevista para a TV Cidade Verde, a senadora Regina Sousa (PT-PI) lembrou que o governo precisa de um número maior de deputados para conseguir aprovar a reforma da previdência do que na reforma trabalhista.
"A previdenciária é dois terços, eu acho mais difícil que ele consiga juntar, justamente depois de todas as manifestações de hoje e outras que têm acontecido. É difícil que passe a reforma da previdência".
Imagem: Cidadeverde.com
A senadora acredita que outro entrave para a tramitação da reforma será a CPI da Previdência, que começará a funcionar em breve.
Regina Sousa também defende que os secretários de segurança, Fábio Abreu, e Educação, Rejane Dias, deixem suas pastas e reassumam os mandatos de deputados federais para votarem contra a reforma da previdência - Abreu já confirmou que fará a mudança. Isso já tira dois votos da base governista. "Acho que é importante o governador voltar os dois deputados para lá", disse a senadora.
O deputado Átila Lira (PSB-PI), que é da base de apoio ao Governo Temer, admitiu que as manifestações vão interferir na reforma da previdência, mas não a ponto de impedir sua tramitação. Mesmo assim, o parlamentar não acredita que a votação ocorra no mês de maio.
"O movimento de hoje é claro que ele tem sentido, ele vai se refletir sobretudo na reforma da previdência, mas no sentido de se aperfeiçoar o projeto", declarou em entrevista para a Rádio Cidade Verde.
Átila Lira disse que o projeto original já sofreu várias mudanças, mas sustentou que a reforma é necessária e há desinformação por parte da população sobre a proposta. O deputado cita como exemplo que o principal problema a ser resolvido envolve as carreiras de Estado, como juízes, desembargadores e promotores.
"Essa mobilização vai fazer com que o Congresso, os relatores do projeto e os parlamentares todos procurem superar essas dúvidas, esses problemas que ainda existem no projeto, porque há uma ideia geral de que a reforma da previdência é necessária, é um tema complexo", declarou.
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