Prefeitura de Guarujá diz que não irá multar Bolsonaro por andar de moto com capacete solto

25/02/2020 10h41


Fonte G1

Imagem: Vanessa Rodrigues/A Tribuna JornalClique para ampliarBolsonaro é flagrado com capacete solto em frente ao triplex de Guarujá, SP(Imagem:Vanessa Rodrigues/A Tribuna Jornal)
A Prefeitura de Guarujá, no litoral de São Paulo, informou que não irá multar o presidente Jair Bolsonaro por infração de trânsito. Na segunda (24), o presidente circulou de motocicleta pela cidade sem que o capacete estivesse preso ao pescoço.

O motivo, segundo a Diretoria de Trânsito de Guarujá, é que autuações por infração de trânsito ocorrem somente a partir do flagrante feito pelos agentes no local. Mas não havia guardas municipais ou agentes de trânsito acompanhando Bolsonaro durante o passeio.

Foi o próprio presidente que publicou o vídeo em suas redes sociais. Não é possível multá-lo com base no vídeo, informou a Diretoria de Trânsito.

A fiscalização de trânsito em Guarujá também é feita pela Polícia Militar, que escoltava o passeio de Bolsonaro. Questionada se aplicou multa ao presidente pela infração, a corporação não respondeu até a última atualização desta reportagem. A Diretoria de Trânsito de Guarujá informou ao G1 não ter conhecimento de eventual autuação feita ao presidente pela PM.

Segundo a resolução 453 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), de 2013, "é obrigatório, para circular nas vias públicas, o uso de capacete motociclístico pelo condutor e passageiro de motocicleta, motoneta, ciclomotor, triciclo motorizado e quadriciclo motorizado, devidamente afixado à cabeça pelo conjunto formado pela cinta jugular e engate, por debaixo do maxilar inferior".
Procurada pelo G1, a Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto informou que não irá comentar.

Durante o trajeto de moto e com o capacete solto, Bolsonaro parou em frente ao triplex que ocasionou a condenação do ex-presidente Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Lula foi condenado pelo juiz Sérgio Moro após o magistrado entender que a construtora OAS pagou R$ 2,2 milhões em propina a ele por meio da entrega e a reforma do apartamento, em Guarujá. Desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região aumentaram a pena dele para 12 anos e um mês de prisão.