Presidente pede que médicos encaminhem demandas à Assembleia
31/05/2017 13h23Fonte Alepi
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"Gostaria que aqui os doutores encaminhassem para esta casa o que nós podemos fazer, como nós podemos contribuir, a Assembleia tem sua atuação, mas acredito que de alguma forma podermos contribuir”, com essa fala o presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, Themístocles Filho, encerrou a audiência pública que debateu o acesso ao tratamento do câncer de mama no Piauí, realizada na manhã de ontem (30) no plenário da Assembleia.
O deputado disse que os representantes das entidades, os médicos e todos que estão envolvidos na luta pela melhoria do acesso ao tratamento do câncer serão ouvidos e o Legislativo estadual deve atuar dentro do que pode para ajudar.
Antes de encerrar a audiência o médico Luis Ayrton Santos Júnior, presidente da Fundação Maria Carvalho Santos, agradeceu a participação de todos e lembrou de duas questões importantes em relação a prevenção e tratamento do câncer no Piauí e no mundo, como a conscientização da população para o drama das pessoas com câncer e a prevenção através de adoção de medidas de saúde.
Segundo o médico a realização da audiência “com os depoimentos de todos, com tudo que foi dito aqui é importante porque estávamos sendo ouvidos por milhares de piauienses através da TV e rádio”.
Luiz Ayrton Santos Júnior exaltou o trabalho da Femana – Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, que concentra uma rede de 62 instituições, presentes em 18 estados e Distrito Federal. Durante o discurso também agradeceu o presidente da Casa e requerente da audiência, deputado Themístocles Filho (PMDB) pela oportunidade de expor a realidade do Estado em relação a prevenção e tratamento do câncer.
“ Agradeço a oportunidade dada pelo deputado Themístocles Filho sensível a causa e dizer que esses recursos podem ser escassos mas a inteligência é grande e o amor pelo Piauí também”, disse.
Para Luis Ayrton, os depoimentos, como a da paciente Vanessa Alves, das Divas em Forma, que relatou as dificuldades que enfrentou no acesso a medicamentos quando realizou o seu tratamento. Segundo ela foram 50 dias caminhando para o Judiciário em busca de uma solução e o medicamento só foi conseguido através de liminar. Ela relatou que na época do seu tratamento foi prescrita medicação que não constava na lista da ANS (Agência Nacional de Saúde) e que cada dose custava R$ 2.400 de um total de 12 doses. Outro drama relatado por ela foi a falta de humanização no sistema de saúde para o atendimento das pacientes.
“A humanização não custa nada, não vai onerar em nada o sistema, mas para nós pacientes que estamos fragilizadas em busca de tratamento custa muito”, afirmou.
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