Temer diz que seu sonho é ser reconhecido como o maior presidente nordestino

27/12/2016 14h44


Fonte O Estadão

Em sua primeira visita a Alagoas como presidente da República nesta terça-feira, 27, Michel Temer disse que seus objetivo e sonho pessoais são que, ao final do mandato, "possa dizer que, embora eu seja de São Paulo, seja o maior presidente nordestino que passou pelo Brasil". A região, tradicional reduto político do PT, é o berço do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva (PT), que se tornou um dos maiores críticos de Temer durante o processo que terminou com o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarMichel Temer (PMDB)(Imagem:Divulgação)

Em discurso, Temer admitiu que o País está em uma "grande recessão", mas disse que, para combatê-la, é necessária a interlocução com Congresso.

"Para isso, precisamos ter diálogo e a primeira palavra do governo é o diálogo"
. Temer citou a rapidez com que as primeiras medidas do Executivo foram aprovadas no Parlamento e o apoio obtido na votação. "Graças a Deus e graças à compressão do Congresso, medidas são apoiadas com índice superior a 88% o maior de apoio em todos os tempos", disse, citando números do Basômetro, do Estadão Dados, sobre a fidelidade dos parlamentares do governo federal.

Temer lembrou que o evento marcava a entrega de recursos para a construção de 133,5 mil reservatórios e cisternas o que, segundo ele, mostra que "temos os olhos voltados para o problema da seca no Nordeste". "Se, até o final do meu mandato, conseguir levar água para o Nordeste, já estarei satisfeito", emendou, lembrando que as obras de transposição do Rio São Francisco, cujo trecho leste deve ser inaugurado no primeiro semestre de 2017, começaram há 15 anos.

O presidente afirmou ainda que, como secretário de Segurança Pública em São Paulo, criou a primeira delegacia da mulher do País, usada por ele no discurso como exemplo de medidas "singelas" que podem ter grande impacto. Entre as medidas do governo federal consideradas singelas, Temer citou a liberação de recursos de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que atingirá 10,2 milhões de trabalhadores e injetará cerca de R$ 30 bilhões na economia brasileira, a redução dos juros do crédito rotativo no cartão de crédito e ainda a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto dos Gastos, "aprovada em tempo recorde", segundo ele.

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