Wellington Dias: "erradicar a fome é uma responsabilidade ética"
23/10/2023 00h07Fonte ClubeNews
Imagem: Geraldo Magela/ Agência SenadoMinistro Wellington Dias
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou que a missão de erradicar a fome é uma responsabilidade ética do Brasil. Wellington Dias discursou na tribuna do Senado Federal, na sexta-feira (20), durante a sessão alusiva ao Dia da Alimentação.
O requerimento para a realização da audiência foi protocolado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e teve a participação da senadora Jussara Lima (PSD-PI) e do ex-senador da República, Eduardo Suplicy – autor da Lei da Renda Básica de Cidadania.
Segundo Wellington Dias, é inaceitável haver pessoas em situação de fome em um país que é uma das dez maiores economias do mundo. O ministro mencionou o sucesso de programas sociais como o Bolsa Família, mas considerou ainda um grande desafio o Brasil sair do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidades (ONU).
“Por isso, temos chamado a atenção de cada setor da nossa economia. Todo esse trabalho de transferência de renda, de complementação alimentar, é uma proteção social, mas o que o brasileiro quer é empreendedorismo, portas de emprego, fazer a economia crescer. A fome é mesmo um problema de ética e eu acho que o Brasil é um país solidário”, disse o ministro.
Imagem: Geraldo Magela/ Agência SenadoSenadora Jussara Lima
Na avaliação da senadora Jussara Lima, para alimentar os cerca de 33 milhões de brasileiros em situação de extrema pobreza são necessários 7 milhões de toneladas de alimento por ano. Ao destacar que o número parece alto, a senadora salientou que o Brasil desperdiça oito vezes mais do que esse total anualmente.
“O combate à fome passa por programas de renda mínima familiar e medidas para reduzir as desigualdades regionais e também depende de questões como estabilidade econômica do país, melhora na educação, geração de emprego, acesso à água e saneamento básico e proteção ambiental. Temos a obrigação de colaborar para que as políticas públicas atuem em sintonia”, declarou.
Autor do requerimento para a sessão, o presidente Rodrigo Pacheco mencionou dados do Segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil, segundo o qual, em 2022, mais de 33 milhões de pessoas não tinham o que comer.
“O que estava ruim ficou ainda pior. Podemos citar, ainda, vários outros fatores, como as mudanças climáticas, a escalada do preço dos alimentos e o descaso com as políticas de segurança alimentar no governo anterior. As desigualdades regionais e de renda, de raça e de gênero, também são fatores decisivos neste cenário”, disse Pacheco.
*com informações da Agência Senado
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