Aberto processo para tombamento do Complexo do Sanatório Meduna, em Teresina
06/07/2021 07h02Fonte G1 PI
Imagem: TV ClubeSanatório Meduna, em Teresina.
O processo de tombamento do Complexo Arquitetônico do Sanatório Meduna, em Teresina, foi aberto nesta segunda-feira (5) a nível federal, pelo Ministério do Turismo e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A informação foi confirmada pela 24ª Promotoria de Justiça de Teresina.
O tombamento foi solicitado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Piauí e aprovado após assembleia realizada pelo Conselho Municipal de Política Cultural de Teresina, em junho. Em seguida, a proposta seguiu para sanção do prefeito Dr. Pessoa (MDB).
O Meduna foi fundado em 1954 e esteve em funcionamento por mais de 50 anos, até ser desativado em 2010. O prédio ainda mantém sua arquitetura monumental, com traços neoclássicos e neocoloniais, característicos dos anos 1950.
"O conjunto tombado compreende o prédio principal do antigo Sanatório, as alas, a capela e seu entorno e as áreas verdes componentes e adjacentes", explicou a promotora Gianny Vieira de Carvalho, da 24ª Promotoria de Justiça.
Entenda a polêmica
O debate sobre o tombamento surgiu depois da posse do local, que havia sido cedida para a prefeitura de Teresina, em 2016, ter retornado para empresa proprietária, a Sá Cavalcante, no dia 23 de dezembro de 2020.
Em janeiro de 2021, a capela do sanatório começou a ser reformada pela Arquidiocese de Teresina. A capela receberá o nome de Capela Universitária São Paulo VI.
Diante da possibilidade de o prédio ser demolido, setores culturais da sociedade se mobilizaram. Construtora responsável pelo prédio e pelo terreno negou que houvesse a intenção de demolir o prédio.
Um inquérito civil foi instaurado para apurar a denúncia de demolição do Complexo Arquitetônico do Antigo Meduna, bem como o descumprimento da função social da propriedade em relação ao imóvel, tendo em vista que o local concentra testemunho histórico-cultural de Teresina.
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