Acusados de matar empresária de Teresina em latrocínio são absolvidos por falta de provas

03/06/2019 13h06


Fonte G1 PI

Os jovens Allan de Oliveira Martins, Guilherme de Araújo Silva e Jefferson Yure do Nascimento foram absolvidos das acusações de roubo majorado, latrocínio e associação criminosa, ocorridos em 27 de maio de 2018, que deixou morta a empresária Tânia Alves. Segundo a decisão do juiz Carlos Hamilton Bezerra Lima, não há provas suficientes para a condenação.

“A materialidade do crime de latrocínio é evidente. (...) A autoria do latrocínio, por outro lado, não ficou evidenciada. As provas carreadas aos autos são frágeis para a condenação dos réus. As provas mais importantes dos autos são os depoimentos das duas testemunhas que estavam no veículo da vítima no momento do assalto, (...)”, explica o juiz na decisão.
Imagem: Gil Oliveira / TV ClubeMulher foi morta durante tentativa de assalto na Zona Sul de Teresina.(Imagem:Gil Oliveira / TV Clube)Mulher foi morta durante tentativa de assalto na Zona Sul de Teresina.

Segundo o magistrado, nem os policiais que investigaram o crime e nem as testemunhas foram unânimes no reconhecimento dos suspeitos.

“Deve-se esclarecer que as testemunhas foram enfáticas em afirmar que se tratava de apenas uma pessoa que anunciou o roubo e efetuou o disparo fatal. (...) A testemunha (...) chegou, inclusive, a afirmar que durante o fato, viu a pessoa apenas de costas no momento da fuga. Na delegacia de polícia, (...), esta testemunha apontou o acusado Allan de Oliveira como sendo o autor do crime, o qual não confessou e foi imediatamente descartado pelos policiais que efetuaram as investigações. Em relação ao depoimento da testemunha (...), as informações prestadas nada esclareceram sobre a autoria”, completou.

Assim, o juiz decidiu pela absolvição dos três, assim como pela revogação da prisão preventiva dos acusados.

O crime
O crime aconteceu no bairro Monte Castelo, Zona Sul de Teresina, e os três jovens foram presos preventivamente. Na ocasião, Tânia estava com outras duas vizinhas dentro de seu carro e voltavam de uma festa quando foram abordadas por um homem armado perto da casa da empresária, que pediu os celulares das ocupantes.

“Estávamos voltando de um aniversário, chegando em casa, quando ele chegou e falou ‘para o carro, para o carro’, mas ela não escutou e ele já atirou. Ela bateu [com o carro] na parede de uma casa já toda ensanguentada e ele ainda se aproximou e disse ‘passa o celular, passa o celular’, mas a gente disse que não tinha”, contou uma testemunha ao G1.

Ela disse que o homem fugiu quando percebeu que a empresária havia sido atingida.

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Tópicos: crime, provas, testemunha