Aguapés voltam a tomar superfÃcie do Rio Poti; entenda as causas
29/10/2023 08h36Fonte Portal Clube News
Imagem: Jonas Carvalho/ClubeNewsAguapés no Rio Poti
O rio Poti voltou a ser tomado por aguapés, plantas aquáticas que se alimentam de resíduos orgânicos provenientes de esgotos e resíduos que chegam às águas sem tratamento.
A ambientalista Ana Marçal explica que durante o período de diminuição ou escassez de chuva, o rio fica com menos volume e com uma menor correnteza, fazendo com que os aguapés se estabeleçam no local por um tempo maior.
“Por ele se alimentar de resíduos orgânicos, ele é considerado um indicador de poluição. Quanto maior sua quantidade maior, maior é a poluição do recurso hídrico. Trazendo para nossa realidade, o Rio Poti possui uma quantidade maior de aguapés do que o Rio Parnaíba, porque o Parnaíba tem correnteza o ano todo, não por ser considerado menos poluído ou não”, explica.
Conforme a ambientalista, o fator de crescimento desenfreado dos aguapés dificulta o desenvolvimento de outras algas que são responsáveis pela oxigenação da água, acarretando na morte de vários organismos aquáticos, como os peixes.
“Vale destacar que somente o crescimento desenfreado dos aguapés é considerado um impacto negativo no meio ambiente, mas ele faz parte do ecossistema e não pode ser removido por completo de um recurso hídrico”, destaca.
A especialista reforça que, para minimizar os impactos negativos do crescimento desenfreado dos aguapés, é necessário uma política pública continua de saneamento básico, tanto no período de chuvas quanto no período do B-R-O BRÓ.
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