Após denúncia, OAB-PI alerta que presÃdios podem ficar sem comida
22/10/2014 09h43Fonte G1 PI
Após denúncia feita pelo Sindicado dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) que os alimentos dos presos de Penitenciária do Piauí estão sendo servidos em sacos plásticos e sem talheres, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seccional Piauí, informou que a situação é muito mais complicada e que no próximo mês pode chegar a não ter comida para os detentos.Em vídeo divulgado pelo Sinpoljuspi é possível ver um servidor colocando arroz em sacos plásticos. O alimento é manipulado sem qualquer tipo de higiene e estava sendo preparado para distribuir para detentos da Penitenciária Mista Juiz Fontes Ibiapina, em Parnaíba. Segundo Vilobaldo Carvalho, presidente do Sinpoljuspi, o fato já aconteceu em outras penitenciárias do estado.
“Isso já aconteceu na Major Cesar, e recebi informações que na Irmão Guido os agentes tem que recolher as vasilhas para colocar comida e fazer nova distribuição porque não tem vasilha suficiente para todo mundo e isso complica o trabalho dos agentes”, disse.
Imagem: SinpoljuspiServidores distribuem a refeição nos sacos plásticos.
A Comissão de Direitos Humanos da OAB recebeu esta semana a informação de que pode faltar alimentos para o próximo mês.
“A notícia que nós temos é que está inclusive prestes a faltar alimentos e isso nos preocupa. A penitenciária de Parnaíba era um mercado que virou penitenciária, inclusive o Sinpoljuspi já encontrou em contato com a OAB para que seja feita a interdição para a construção de uma penitenciária feminina e masculina, que não se existe mais esse modelo. A informação dos alimentos não é a primeira vez, já tivemos a informação de que aconteceu na Major Cesar”, falou Lúcio Tadeu, da comissão de Direitos Humanos da OAB.
O diretor de presídios do Estado, Wellington Rodrigues, confirmou que a Secretaria de Justiça está enfrentando problemas financeiros e confirma que se o Governo do Estado do Piauí não repassar recursos pode comprometer o envio de alimentos para os presídios do Piauí.
“Se a Secretaria de Fazenda só apresentar o contábil e deixar de repassar a parte financeira, logicamente a nossa secretaria não vai ter como cumprir os compromissos que foram feitos e as consequências serão falta de alimento, falta de equipamentos e falta de combustível. A situação de Parnaíba é uma situação atípica, pois eles têm o costume de levar comida na parte noturna e deixa para recolher no dia seguinte e quando retornam não é feito uma conferência e termina não voltando todas”, explicou.
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