Cerca de 200 famÃlias são despejadas de terreno particular em Teresina
24/01/2013 09h42Fonte G1 PiauÃ
Imagem: Gil Oliveira/G1Trator derruba casas na Vila Elmano Férrer, Zona Norte de Teresina.
Homens da Polícia Militar (PM), do Corpo de Bombeiros e do Batalhão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial (BPRone ) realizam na manhã desta quinta-feira (24) uma operação de reintegração de posse na Vila Elmano Férrer, no Bairro Monte Verde, Zona Norte de Teresina.
De acordo com informações do Coronel José Felipe da PM, o terreno onde foram construídas cerca de 200 casas é uma propriedade particular e por este motivo os invasores devem deixar o local.
“Fizemos um levantamento e constatamos que entre 180 a 200 casas foram construídas de forma indevida neste local. O dono do terreno entrou na justiça e conseguiu uma liminar para que as famílias deixem o terreno”, disse o Coronel.
A oficial de Justiça Evelin Aguiar disse durante entrevista ao G1 Piauí que desde de janeiro de 2012 a empresa KLN Empreendimentos conseguiu na justiça uma liminar determinando que as famílias deixassem o terreno que pertence a empresa.
Imagem: Gil Oliveira/G1Trator derruba casas na Vila Elmano Férrer, Zona Norte de Teresina.
“Os proprietários buscavam uma solução com a Prefeitura de Teresina para evitar o despejo, porém, como não entraram em acordo a ordem judicial assinada pelo juiz Edson Rogério da 6ª Vara está sendo cumprida nesta quinta-feira”, lamenta a Evelin Aguiar.
Uma equipe de assistentes sociais da Prefeitura de Teresina encontra-se no local para garantir uma nova moradia às famílias, segundo José Felipe. “Muitos alegam que se forem retirados da localidade ficarão desabrigados, já que não possuem uma moradia. Entretanto, a Prefeitura através dos assistentes sociais garantiu que ele terão uma casa provisória”, diz.
Dois tratadores fazem a demolição das casas. Uma mulher ainda não identificada passou mal e foi encaminhada para o Hospital Mariano Castelo Branco, no Residencial Francisca Trindade, na Santa Maria da Codipe.
Imagem: Gil Oliveira/G1Famílias retiram os pertences de dentro das casas.
A diarista Lucinéia Barbosa, 28 anos, é uma das invasoras e bastante abalada ela afirmou não ter outra casa para morar com os dois filhos. “Eu vivo neste lugar há um ano. Estou com os poucos móveis que tenho na porta de casa, aguardando a equipe da prefeitura para levá-los a um alojamento”, conta.
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