Fim da rebelião na Casa de Custódia; 12 detentos feridos no 2° dia de motim
18/10/2012 12h31Fonte Portal da Clube
Imagem: Divulgação
A Comissão de Direito Humano da Ordem dos Advogados do Brasil confirmou na manhã desta quinta-feira, o fim da rebelião na Casa de Custódia, que já entrava no seu segundo dia. Segundo um representante da Comissão, o acordo foi fechado com os chefes (detentos) de cada pavilhão. Ainda de acordo com ele, a principal reclamação do presos é superlotação nas celas.
O segundo dia de motim teve início por volta das 4h desta quinta-feira (18), no pavilhão B da penitenciária e, logo contou com a participação dos detentos que estavam em outros pavilhões.
Cerca de 75 homens da tropa de choque da Polícia Militar do Piauí estão na Casa de Custódia com objetivo de conter a rebelião. A cavalaria da PM também foi acionada e entrou no presídio para dispersar os rebelados.
O Corpo de Bombeiros também foi acionado. A Comissão de Direito Humano da Ordem dos Advogados do Brasil e o secretário de Justiça do Piauí, Henrique Rebelo, entraram na Casa na tentativa de evitar espancamentos.
Do lado de fora, é possível ouvir tiros de dentro da unidade prisional. A polícia recolheu cerca de 200 armas de fabricação caseira produzida pelos presidiários. Doze deles estão feridos e recebem atendimento médico no pátio. Um preso foi retirado da Casa de Custódia, mas a polícia não informou para onde levou o rapaz.
Cleiton Holanda, presidente do Simpoljuspi, informou à imprensa que a situação dentro do presídio está fora de controle. Segundo ele, todos os detentos estão soltos e não há mais divisão entre os pavilhões. Parte dos encarcerados foram colocados no pavilhão A na cozinha.
“O sindicato denunciou que esta rebelião poderia acontecer, pois a Casa de Custódia está com sua capacidade superada. O presídio tem condições de abrigar 330 presos, entretanto, 830 estão sob responsabilidade do Estado. Em visitas anteriores, os presos relatavam a precariedade daqui. Em um cela onde deveriam está apenas oito detentos contem 25 homens”, afirmou.
Parentes dos presos se aglomeram em frente a penitenciária em busca de informações. O secretário Henrique Rebelo alterou o local da entrevista coletiva, prevista para 12h na Secretaria de Justiça, para a própria Casa de Custódia.
Primeira rebelião
Na tarde de ontem (17), cerca de 300 detentos queimaram colchões e cortaram as paredes do presídio transformando todo o pavilhão em um só. O motim teria iniciado na hora do jantar, por volta das 17h.