Fundação de Saúde de Teresina cria comissão para organizar concurso público de quadro de servidores
17/12/2022 10h58Fonte G1 PI
Imagem: DivulgaçãoFundação Municipal de Saúde de Teresina
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina criou uma comissão para organizar um concurso público destinado ao preenchimento do quadro de profissionais. A informação foi divulgada nessa sexta-feira (16), em meio à crise no setor de saúde da capital. O último certame feito pelo órgão foi em 2011.
“O concurso será realizado devido à necessidade de contratação de profissionais para diversas áreas, visando ao atendimento de interesse público da FMS, observados os termos da Lei Municipal 3.290/2004, e das demais disposições legais aplicáveis”, explicou a nova presidente do órgão, Clara Leal.
Segundo a FMS, a equipe começou a ser formada na quarta-feira (14) e reúne membros de todos os setores do órgão. O objetivo é desenvolver um levantamento das necessidades de cada área e analisar a disponibilidade orçamentária.
Em entrevista à TV Clube na última terça-feira (13), a presidente do órgão chegou a afirmar que o principal foco da gestão será a questão financeira. Na ocasião, Clara Leal disse que a Prefeitura de Teresina autorizou recurso suficiente, cerca de R$ 9,5 milhões, para quitar débitos de hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Serviço de Atendimento Móvel (Samu) em 2022.
Atualmente, a FMS conta com aproximadamente 11 mil servidores efetivos em seu quadro de profissionais. Contudo, uma média de 1/12 avos desse quantitativo está sob afastamento legal.
De acordo com a diretora de recursos humanos da FMS, Sâmia Vieira, a contratação de servidores é uma medida necessária para a continuidade dos serviços públicos sob a responsabilidade da FMS.
“Os testes seletivos últimos tiveram sua validade expirada, respectivamente em 20.08.2021 e 11.05.2021, sem possibilidade de nova renovação”, concluiu Sâmia Vieira.
Crise na saúde municipal
A saúde pública municipal vive uma crise na capital. Referência no setor no Norte e Nordeste do país, a cidade tem enfrentado recorrentes falta de insumos, medicamentos e profissionais. Para o Ministério Público, mesmo havendo crise no fornecimento e problemas para a contratação, houve falta de planejamento e até mesmo suspeita de improbidade administrativa - fatos que estão sob apuração.
Uma audiência pública realizada na Câmara Municipal de Teresina na segunda-feira (5), reuniu entidades que fizeram duras críticas à gestão. No dia seguinte, o médico Gilberto Albuquerque pediu exoneração da presidência da FMS.
A principal queixa de entidades médicas, lideranças comunitárias, conselho municipal de saúde, Ministério Público e de vereadores é a falta de gestão em todas as unidades de saúde da capital. O MP informou, na ocasião, que vai ajuizar ações para investigar denúncias e Câmara produzirá relatório sobre os problemas.
O Hospital Geral e Maternidade do Buenos Aires ficou interditado por 15 dias, após o Conselho Regional de Medicina constatar diversas irregularidades no local, como a falta de medicamentos, luvas e profissionais.
Já a Maternidade Wall Ferraz, na Zona Sudeste de Teresina, ficou parcialmente interditada por quatro dias, após o Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI) constatar descumprimento da lei do exercício profissional em virtude da falta de profissionais na unidade.
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