Grávida de 8 meses é presa suspeita de vender drogas em Teresina
27/11/2020 18h10Fonte Cidade Verde
Imagem: Reprodução
No momento em que a equipe chegou ao local, um homem que acompanhava a grávida tentou se desfazer de parte da droga e de uma balança de precisão, jogando no quintal do vizinho. A polícia apreendeu drogas do tipo cocaína e maconha. Ele foi identificado como J.V.S.O, de 22 anos. A polícia encontrou drogas em bolsas e na residência.
“Nós tínhamos a informação de que essa casa era usada como ponto de venda de drogas. As investigações avançaram e tivemos as informações de que havia pelo menos uma mulher e um homem na comercialização, e que ela estaria grávida. O marido dela atualmente está preso por tráfico de drogas. A informação também era de que ela teria assumido (a comercialização)”, diz o coordenador da Depre, delegado Luciano Alcântara.
Os dois presos em flagrante foram encaminhados para a Central de Flagrantes de Teresina para os procedimentos necessários. Eles não relataram a quem pertenceria o material apreendido. A casa usada para vender a droga está localizada a 400 metros de uma creche e de uma escola pública.
A grávida poderá responder o processo em liberdade, seguindo uma decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a conversão da prisão preventiva em domiciliar de mulher grávida no final da gestação. O caso discutido pelo STF envolvia uma grávida de sete meses presa pela acusação de tráfico de drogas e associação ao tráfico em São Paulo. Para o ministro Gilmar Mendes, a "concessão da prisão domiciliar encontra amparo legal na proteção à maternidade e à infância, como também na dignidade da pessoa humana".
"Isso é uma constatação, que aumentou a presença das mulheres (no tráfico). Mulheres grávidas estão com ‘perfil para traficar’ já que podem responder em liberdade. Essa decisão do STF abre precedentes para a liberação da pessoa em proteção à criança (que ela está esperando). Por isso, podem vir a responder pelo crime em liberdade. As mulheres estão sendo cooptadas (para o tráfico) sob a alegação de que se for presa será colocada em liberdade, podendo voltar ao local de tráfico”, comenta o delegado.