Greve de motoristas e cobradores prejudica mais de 200 mil em Teresina
23/05/2014 08h48Fonte G1 PI
A greve de motoristas e cobradores que teve início nesta sexta-feira (23) em Teresina fez com que milhares de passageiros se aglomerassem nas paradas de ônibus. Nas garagens de algumas empresas os veículos que deveriam sair às 4h30 só deixaram o local às 6h30. No bairro Dirceu Arcoverde, Zona Sudeste da capital, várias pessoas disputaram vagas nos ônibus alternativos que foram cadastrados pela Superitendência Municipal de Transportes e Trânsito. Segundo a Associação de Usuários do Transporte Público em Teresina, mais de 200 mil pessoas serão prejudicadas com a paralisação.Imagem: Gil Oliveira/G1Ônibus não saíram das garagens em Teresina.
Na tarde dessa segunda-feira (22) representantes do Tribunal Regional do Trabalho, membros do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro) e empresários se reuniram, mas não firmaram um acordo e a greve foi mantida.
“Nós pedimos o reajuste salarial de 10%, mas as proposta apresentadas para a categoria foi de aumento em 7,5% com retroativo até janeiro de 2014. Os trabalhadores não aceitaram a proposta e a greve está mantida, até nova negociação. Também foi estipulado pelo Tribunal que pelo menos 50% da frota de ônibus circule”, revelou o presidente do Sintetro, Francisco Oliveira.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Público de Teresina (Setut), por dia 70 mil pessoas utilizam o transporte urbano, sendo que por mês, são comercializadas mais de sete milhões em passagens.
A reportagem do programa Bom Dia Piauí esteve por volta das 6h na porta de uma das empresas com a maior frota de veículos, mas nenhum dos 142 ônibus da empresa havia saído da garagem, mesmo havendo a determinação para que 50% da frota permaneça circulando.
Sobre o problema, o presidente do Sintetro confirmou que a determinação será cumprida. “Esse impasse pela manhã aconteceu porque alguns motoristas e cobradores não sabiam dessa determinação. Apesar do atraso, vamos cumprir a decisão”, explicou Francisco Oliveira.