Jovens brigam em sala de aula com estilete e professor sai sem separá-las
18/11/2014 08h08Fonte G1 PI
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra duas estudantes do 3º ano do ensino médio brigando em uma sala da Unidade Escolar Professor Pires de Castro, localizada na Zona Sudeste de Teresina. Uma das jovens chega a pegar um estilete para agredir a rival. De acordo com a direção da escola, a confusão ocorreu na quinta-feira (13). As agressões físicas e verbais aconteceram na presença de um professor que deixa a sala sem intervir na confusão.
A diretora da escola, Francisca Luzimar Bezerra, afirmou que a postura do professor não foi correta. "O docente é a maior autoridade dentro de sala de aula e ele deveria ter separado as alunas porque quando o professor deixa o local, elas continuam se agredido. A única coisa que o professor fez foi comunicar à direção que a briga estava ocorrendo e pediu para irmos separar as meninas", disse.
Nas imagens feitas por um amigo de escola, é possível ver que as meninas puxam os cabelos, trocam tapas. A briga termina depois da intervenção de outra estudante. Contudo, uma das jovens vai até sua carteira, pega o estojo, retira um estilete e ameaça a rival que sai da sala. As estudantes são maiores de idade, uma tem 18 anos e outra 19 anos. Os pais já foram chamados à escola e as meninas foram suspensas por 15 dias.
Francisca Luzimar Bezerra afirmou que o estilete é um objeto de uso escolar, entretanto, ressaltou que nas normas da instituição é proibido o uso do utensílio dentro da escola.
Casos de violências nas escolas de Teresina têm sido frequentes, os registros vão de simples desentendimentos e chegam a agressões físicas com uso de armas. Na semana passada, uma faca foi encontrada com uma estudante. Ela ameaçava os professores e colegas de classe.
Uma pessoa que presenciou a ação, que não quis se identificar, disse que a estudante andava com o estilete porque um colega a denunciou para a direção. Ele teria informado que a aluna tinha envolvimento com drogas e traficantes de fora da escola.
Em outra escola instalada na Vila da Paz, na Zona Sul de Teresina, uma mãe procurou a instituição para relatar que o filho andava armado com revólver calibre 38. "A mãe me disse chorando que iria entregar o filho para o conselho tutelar. Quando uma mãe vem dizer isso é porque ela já se encontra desesperada. O filho dela de 11 anos andava armado e cometendo delitos no bairro onde mora", contou Antônia Rodrigues, presidente da Fundação da Paz.