Justiça manda soltar médico suspeito de matar morador de rua em Teresina

03/08/2023 09h31

Fonte G1 PI

A Justiça mandou soltar o médico ortopedista Albert Basílio Medeiros, suspeito de matar o morador de rua Francisco Eudes, na madrugada de 24 de abril de 2022, no Centro de Teresina. O profissional chegou a ser preso temporariamente nesta quarta-feira (2), mas teve a prisão revogada e não passou por audiência de custódia.

O médico foi preso em clínica ortopédica da capital e chegou a prestar depoimento no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), mas no local recebeu a decisão do juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, revogando a prisão. A defesa informou que não vai se manifestar sobre o caso.

"Representamos ao Poder Judiciário para fins de investigação a prisão temporária do suspeito identificado, vários elementos nos autos apontavam para a participação dele no crime. O Ministério Público deu parecer favorável e o Magistrado também concedeu", explicou o delegado Jorge Terceiro, do DHPP.

Segundo o delegado Jorge Terceiro, o médico negou participação no crime. Durante trâmites do procedimento, Albert Basílio fez exame de corpo delito no Instituto Médico Legal e seria encaminhado para a Central de Flagrantes de Teresina, no entanto, o mesmo juiz que determinou a prisão temporária, desta vez, a pedido da defesa, decidiu pela soltura do médico.

Médico teria oferecido R$ 500 para identificar morador de rua

De acordo com o delegado Francisco Costa, o Barêtta, coordenador do DHPP, no dia do crime Albert Basílio teria estacionado o carro em uma rua próxima à praça João Luís Ferreira, no Centro da capital. Enquanto estava em uma boate lá perto, ele teve o veículo arrombado e teria oferecido R$ 500 pela identificação do autor do arrombamento do seu veículo.

Nada foi levado do carro, conforme a polícia, mas o médico pediu informações para encontrar quem tinha danificado o veículo, oferecendo dinheiro pela informação. O suposto autor, conhecido também como Cabeludo, era morador de rua e foi morto na Praça depois que foi identificado como o autor.

"Nos autos consta que ele [médico] ofereceu dinheiro para quem informasse quem era o Cabeludo. R$ 400. Depois aumentou para R$ 500 e saiu. E logo após ele volta e já vai em direção ao Cabeludo. Era uma madrugada chuvosa em Teresina e eles [moradores de rua] estavam todos recolhidos numa parada de ônibus na [rua] 7 de setembro, próximo à Praça João Luís", disse o delegado Francisco Costa.

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