Livro é prova no caso do crime de estudante morto e amarrado
20/07/2019 09h07Fonte Cidadeverde.com
Imagem: Divulgação
Uma das provas que chegou à delegacia do Menor Infrator no caso do estudante que confessou matar um colega de escola, foi o livro "Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado", da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva. É a primeira vez que a delegacia recebe nos autos do processo um livro como peça do crime.
O livro foi apreendido na última terça-feira (16) logo após o crime no residencial Teresina Sul. Além do livro chegou também o celular da vítima e a faca, que seria o instrumento do crime.
O adolescente R.B.F.C, 16 anos, confessou e a investigação realizada pela Delegacia de Homicídios foi encaminhada nesta sexta-feira (19) à delegada Betânia Prazeres, que preside o inquérito na Delegacia do Menor Infrator, no bairro Redenção.
Como chegou novas provas, o inquérito só será concluído na segunda.
A juíza Elfrida Costa, da 2ª Vara da Infância e da Juventude informou que vai aguardar a representação do Ministério Público para decidir os próximos passos.
O laudo cadavérico revelou que o adolescente foi morto com cinco facadas: duas no pescoço e três nas costas. O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Francisco Costa, o Baretta, informou que o inquérito reúne um conjunto de provas que atestam a autoria do crime.
R.B.F.C foi apreendido ainda no dia do crime e chegou a confessar o assassinato. O delegado Baretta conta que o jovem tinha compulsão por matar e se sentia feliz vendo o sofrimento alheio.
A polícia o considera como um “indivíduo perigoso” e com perfil psicopata. “O inquérito reúne laudo cadavérico, laudo de exame em local de crime e recognição visual gráfica que mostra o visual do lastro probatório apurado na investigação. O meritíssimo juiz e o Ministério Público receberão uma peça com robustez para dar caminho a toda instrução criminal desse apurado que envolve esse adolescente”, adianta Baretta.
O adolescente deve ser indiciado por ato infracional análogo a homicídio qualificado.
“Esse rapaz tem fixação e matar e demonstra felicidade em matar. E não é só matar, mas observar o sofrimento da vítima”, acrescenta Baretta.
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