Menina de 2 anos morre eletrocutada em Teresina após tocar em cerca

17/04/2013 14h06


Fonte G1 PI

Imagem: Gil Oliveira/G1Maria Aparecida saiu para brincar no quintal quando tocou na cerca que estava eletrizada.(Imagem:Gil Oliveira/G1)Maria Aparecida saiu para brincar no quintal quando tocou na cerca que estava eletrizada.

Uma criança de 2 anos morreu eletrocutada enquanto brincava próximo a uma cerca da sua casa no bairro Jardim Europa, Zona Sudeste de Teresina. O incidente aconteceu por volta das 16h dessa terça-feira (16), quando Maria Aparecida Honorato da Cruz saiu para brincar no quintal da residência. De acordo com a mãe da menina, Adriely Honorato da Cruz, 19 anos, a fiação de um cemitério que fica atrás da casa caiu por cima da cerca.

“Eu dei a mamadeira dela e fiquei na sala vendo televisão e ela brincando. A Maria foi pra fora da casa e depois disso a minha avó chamou ela várias vezes. Quando chegou perto da cerca viu que ela estava caída”, contou a mãe bastante abalada.

A família levou a menina para o Hospital Dr. Alberto Neto, no bairro Dirceu Arcoverde e só lá constatou a morte da criança. “O médico nos disse que foi choque elétrico. Era a minha única filha”, lamentou Adriely.

Imagem: Gil Oliveira/G1Tio da criança mostra fios que caíram no cemitério após uma forte chuva.(Imagem:Gil Oliveira/G1)
Tio da criança mostra fios que caíram no cemitério após uma forte chuva.

No cemitério, que passa por trás da casa da criança, a energia elétrica é fornecida por meio de ‘gambiarras’ e não é administrado pela Prefeitura de Teresina. O local fica aos cuidados do bisavô da criança e serve toda a comunidade. De acordo com Leomar Patrício da Cruz, tio da vítima e presidente da Associação de Moradores, já havia sido solicitado à Eletrobras a regularização das ligações.

“O bairro já existe há 20 anos e tem muito tempo que a gente pede a Eletrobras para regularizar a energia no local. Não é só no cemitério que tem gambiarra, mas em várias casas aqui”, reclamou Leomar.

Segundo a Associação de Moradores, mais de mil pessoas já foram sepultadas no cemitério que não recebe manutenção periódica e não tem um vigia.

“A prefeitura só vem aqui duas vezes por ano. O cemitério serve a toda comunidade, mas não é reconhecido”,
disse o presidente da associação.

O G1 Piauí entrou em contato com a Eletrobras Distribuição, que lamentou a morte da criança e disse que o problema não envolveu o sistema elétrico da empresa, mas em ligações clandestinas. A Eletrobras disse ainda que todas as práticas irregulares devem ser comunicadas à empresa.

Já a Prefeitura de Teresina, por meio da Superintendência de Desenvolvimento Urbano Sudeste, disse que enviou uma equipe da Gerência de Serviços Urbanos para apurar as causas do incidente. A prefeitura também vai ver a possibilidade de adotar medidas para regularizar o cemitério.

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Tópicos: criança, teresina, cerca