Motoristas e cobradores decidem finalizar greve em Teresina
27/05/2014 08h34Fonte GP1
O Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (TRT- Piauí), por meio do desembargador Manoel Edilson, conseguiu por fim à greve dos motoristas e cobradores dos ônibus urbanos de Teresina no início da noite de ontem (26). Após demorada negociação entre o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina e o Sindicato dos Rodoviários, a categoria aprovou a proposta de reajuste imediato de 7,5%, ficando garantido um novo aumento em janeiro de 2015 que será a soma do IPCA mais 2% de ganho real. caso consigam desoneração de impostos junto ao Governo do Estado, o trabalhadores ganharam mais 0,5% de aumento no ano que vem.Com esta proposta, a data-base de negociação, que era sempre em maio, passa a ser o mês de janeiro. Após a apresentação da proposta, o sindicato reuniu os trabalhadores no próprio auditório do TRT e votou pela aprovação do reajuste. Segundo o presidente do Sintetro, Francisco das Chagas, a proposta ficou aquém do que os trabalhadores esperavam, mas já representou um ganho real sobre a inflação.
"Não tínhamos outra alternativa a não ser aprovar esta proposta. Queríamos mais, mas também sabemos que se não acatássemos este reajuste, iríamos para o dissídio e receberíamos apenas a inflação do período", declarou Chagas.
O desembargador Manoel Edilson, presidente da sessão conciliatória, afirmou que ambos lados cederam para que a proposta fosse formatada.
"Todos tiveram que ser maleáveis. O Setut teve que aumentar sua proposta e os Rodoviários tiveram que baixar o valor que estavam pedindo. Esse acordo é sempre a melhor solução e não queríamos decidir sem ouvir o que ambos poderiam fazer pela causa", declarou.
A greve dos Rodoviários em Teresina durou quatro dias. Os trabalhadores pediam um aumento salarial de 10%, mas a classe patronal ofereceu apenas 6% de reajuste. Ministério Público do Trabalho e Tribunal Regional do Trabalho atuam na conciliação desde quinta (22) apresentando propostas alternativas para evitar a paralisação. Nesta segunda (26), o TRT marcou nova audiência para acabar de vez com o movimento. Caso os trabalhadores não aceitassem a proposta apresentada, o reajuste seria definido pelo próprio Tribunal, podendo ser fixado apenas o percentual da inflação no período.
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