"Não considero esse homem como um policial", diz mulher que levou tapa de PM
06/09/2017 07h46Fonte G1 PI
Imagem: Arquivo pessoalVítima ficou com hematomas pelo corpo.
“Eu não considero esse homem como um policial militar. Ele não representa a corporação e a farda que veste”. Esse foi o depoimento da mulher agredida com um tapa no rosto por um policial, durante uma abordagem. O caso ocorreu no Centro de Teresina na sexta-feira (1º) e gerou revolta entre populares. A Corregedoria da Polícia Militar instaurou um inquérito para investigar a postura do policial.
Ainda bastante machucada, com hematomas pelo corpo, a mulher que tem 20 anos e trabalha como atendente de telemarketing, falou ao G1 que tudo começou quando ela procurou um vendedor de celular no Centro de Teresina para desfazer o negócio ao se sentir enganada.
“Eu tinha trocado meu celular por um modelo mais avançado, mas depois percebi que o aparelho repassado para mim era uma réplica, ou seja, não era original. Após um discussão a polícia foi acionada e o policial já chegou com agressividade comigo dizendo que eu tinha roubado o celular”, afirmou.
O policial também chegou a ameaçar outros populares que acompanharam a confusão. Outro PM afastou a mulher, enquanto o policial que deu o tapa continuou gritando e saiu. A cena foi assistida por dezenas de pessoas que passavam pelo local.
A mulher relatou que sofreu vários tipos de ameaça e que foi agredida fisicamente. “O policial me acusou sem provas e ainda por cima me bateu. O pior que ele [policial] disse que se fosse pela noite iria me bater até a morte. Estou toda roxa. Vou correr atrás dos meus direitos. Em nenhum momento desacatei ele [policial], só peguei meu celular da mão dele e provei que era meu”, contou.
Um Boletim de Ocorrência foi feito na Central de Flagrantes de Teresina. “Quando chegamos na delegacia o homem que tinha me acusado de roubo retirou a denuncia e ainda reconheceu que tinha errado. Se o policial tivesse ouvido os lados isso não teria acontecido. O policial foi totalmente despreparado e quero justiça”, disse a mulher ainda abalada com o acontecimento.
A Corregedoria da Polícia Militar instaurou um inquérito para investigar a postura do policial, que já foi identificado. Ele será intimado a prestar depoimento sobre o ocorrido. A polícia ainda vai avaliar se o autor das agressões será afastado do cargo.
De acordo com o tenente-coronel John Feitosa, relações públicas da PM, o caso já está sob investigação e tudo será esclarecido. O oficial disse que com o final do procedimento de apuração o policial poderá sofrer algum tipo de punição.
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