Para evitar paralisações, Prefeitura de Teresina e trabalhadores do transporte tentam negociação

16/10/2021 09h11


Fonte G1 PI

Imagem: Magno BonfimÔnibus em Teresina.(Imagem:Magno Bonfim)Ônibus em Teresina.

Aconteceu nesta sexta-feira (15) uma reunião entre representantes da prefeitura de Teresina e trabalhadores do transporte público, com o objetivo de evitar novas paralisações do transporte na capital. Neste ano, já foram nove paralisações em protesto contra atraso de salários.

Estiveram presentes representantes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) e Procuradoria Geral do Município (PGM) e do Sindicado dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Teresina (Sintetro).

Após tentativa de acordo, a categoria fará reunião no sábado (16) para avaliar e definir se uma paralisação programada para segunda-feira (18) se mantém ou será cancelada.

A prefeitura havia exigido o fim de greves e paralisações para formalizar o acordo de pagamento repasses atrasados aos empresários. Contudo, os donos de empresas questionaram a exigência, afirmando não ter como garantir o fim de atos de protesto dos trabalhadores, o que é um direito constitucional.

Os pontos abordados na reunião realizada esta manhã foram:

  • A assinatura da convenção de trabalho;
  • E o agendamento dos pagamentos do salário atrasados dos trabalhadores.
  • A Strans recebeu a minuta com as observações feitas pela categoria e se comprometeu a analisar e, em nova reunião com a categoria marcada para a próxima terça-feira (19), os pontos voltarão a ser discutidos, já com atualizações definidas por parte do órgão municipal.
A paralisação marcada pela categoria para a segunda-feira será a segunda apenas no mês de outubro. Na primeira, realizada no dia 5 deste mês, os trabalhadores fizeram uma caminhada na Avenida Frei Serafim e seguiram até a Praça da Bandeira, para uma paralisação de uma hora. Os ônibus ficaram parados na rua Areolino de Abreu que dá acesso à Praça da Bandeira. Esta foi a nova paralisação em 2021.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), Ajuri Dias, as empresas estão há sete meses sem pagar os salários dos funcionários, que apesar de serem assalariados, estão vivendo de diárias. A diária do motorista varia de R$ 50 a R$ 70 e o cobrador R$ 30 a R$ 40.

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