Permissionários continuam em áreas improvisadas um mês após incêndio no Shopping da Cidade

10/09/2020 14h46


Fonte G1 PI

Imagem: Rômulo Piauilino/Prefeitura de TeresinaLaudo sobre causa do acidente e inquérito policial ainda não foram concluídos.(Imagem:Rômulo Piauilino/Prefeitura de Teresina)Laudo sobre causa do acidente e inquérito policial ainda não foram concluídos.

Um mês depois do incêndio que atingiu o Shopping da Cidade, no Centro de Teresina, os permissionários que tiveram seus boxes afetados diretamente pelo fogo seguem trabalhando em locais improvisados e sem previsão para ter os espaços próprios de volta.

A perícia que investiga as causas do incêndio ainda não foi concluída. Com isso, a reforma dos boxes incendiados também não foi finalizada, porque depende do resultado das investigações.

De acordo com o permissionário Pedro de Sousa, uma linha de crédito teria sido facilitada para que eles pudessem investir em mercadorias. Contudo, ele disse que ainda não teve acesso ao benefício.

"Seja o que Deus quiser. A gente está esperando o auxílio da prefeitura, que o prefeito prometeu. Estamos aguardando para poder começar tudo de novo", relatou Pedro.

Reforma dos boxes

Denis Loureiro, administrador do Shopping da Cidade, explicou que uma das medidas tomadas pela gestão foi a realocação dos lojistas para boxes provisórios.

Segundo ele, a Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU Centro-Norte) irá reformar os boxes incendiados, mas todo planejamento depende da entrega do laudo pericial do Corpo de Bombeiros.

"Estamos aguardando esse laudo e assim que recebermos começaremos os trabalhos com a SDU", explicou.

A engenheira Adélia Melo, da SDU, disse que os boxes incendiados já foram confeccionados e após a restauração da laje serão realocados. "Em breve iremos liberar a área que foi interditada", disse.

Investigação

Em entrevista à TV Clube, o Corpo de Bombeiros informou que ainda não tem previsão para o resultado do laudo sobre a causa do incêndio. A Polícia Civil, que abriu uma investigação criminal para detectar a possível origem do fogo, também não tem data definida para apresentar o inquérito.

De acordo com o tenente-coronel José Veloso, do Corpo de Bombeiros, o atraso na perícia administrativa se deve à análise de um equipamento de filmagem que pode ajudar a identificar a origem do incêndio.

"Seria um circuito de filmagem, estamos vendo se é possível recuperar. Estamos aguardando a análise desse equipamento que identificaria o foco através de imagens. O prazo que damos inicialmente é de 30 dias, mas não tem um prazo definido pra encerrar. Depende de alguns fatores de análise", disse.

O diretor do Instituto de criminalística da Polícia Civil, Antônio Nunes, informou que não tem previsão de conclusão do laudo. Segundo ele, o instituto tem equipamentos, softwares e peritos capacitados para o caso e o que tiver que ser feito, será realizado no Piauí.

O Instituto de negócios do Piauí (INPI) criou uma comissão para acompanhar os desdobramentos do caso e, segundo a presidente Carmem Neudélia, o instituto segue vigilante quanto ao trabalho do Corpo de Bombeiros e Polícia Civil quanto aos laudos sobre as causas do incêndio.

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