PF prende mulheres suspeitas de receber R$ 2,7 milhões por meio de fraudes contra o INSS em Teresina
24/05/2021 14h35Fonte G1 PI
Imagem: Divulgação/PF-PIPF prende suspeitos de desviar mais de R$ 2,7 milhões por meio de fraudes contra o INSS em Teresina.
A Polícia Federal do Piauí cumpriu, nesta segunda-feira (24), três mandados de prisão temporária e três de busca e apreensão contra mulheres suspeitas de estelionato e fraude contra o INSS. Os mandados foram cumpridos por meio da Operação Múltiplas Faces e a PF estima um prejuízo à previdência de cerca de R$ 2,7 milhões.
Todos os mandados foram expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Federal de Teresina e a operação contou com a participação 14 policiais federais. A PF teve apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
As investigações iniciaram após duas prisões em flagrante realizadas em agências da Caixa em Teresina, nos dias 1º de fevereiro de 2019 e 13 de agosto de 2020, que indicaram a existência de uma associação criminosa. Há cerca de uma semana, outro grupo foi preso na capital tentando realizar saques com documentos falsos.
"O grupo era formado por três mulheres que, mediante falsificação de documentos, fingiam ser outras pessoas e também aliciavam terceiros para se passarem por segurados do INSS, com o objetivo de realizarem transferências de benefícios previdenciários para possibilitar saques e empréstimos consignados nos benefícios dos verdadeiros segurados", informou a PF em nota.
Até o momento, segundo a polícia, foram identificadas fraudes em 17 benefícios, com prejuízo efetivo de aproximadamente R$ 2,7 milhões. O valor do prejuízo evitado, levando-se em consideração a expectativa de vida média da população brasileira, é de aproximadamente R$ 8,5 milhões.
A PF informou que as suspeitas poderão responder pelos crimes de estelionato qualificado (Art. 171, §3º), associação criminosa (Art. 288), falsidade ideológica (Art. 299) e uso de documento falso (Art. 304), todos do Código Penal Brasileiro, cujas penas máximas acumuladas podem chegar a 20 anos de prisão.
O nome da Operação, Múltiplas Faces, é uma referência ao fato de as investigadas assumirem diversas outras identidades para possibilitar a fraude aos cofres da União.