Polícia diz que membros de facção presos na Operação Guará mataram empresário na Zona Leste de Teres

26/07/2019 22h38


Fonte G1 PI

Imagem: Maria Romero/ G1 PIArmas e drogas apreendidas com membros de facção criminosa em Teresina.(Imagem:Maria Romero/ G1 PI)Armas e drogas apreendidas com membros de facção criminosa em Teresina.

O delegado Hildson Rodrigues, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que as sete pessoas presas nesta sexta-feira (26) em Teresina, pela Operação Guará, seriam integrantes de uma facção criminosa do Amazonas e seriam as responsáveis pela morte de um empresário em um bar na Zona Leste de Teresina, no último dia 14 de julho.

Segundo o delegado Hildson Rodrigues, o grupo é suspeito de ter cometido o assassinato contra Evandro Augusto Pinheiro, de 31 anos. O rapaz foi morto a tiros por um homem que usava uma máscara quando estava em um bar da Zona Leste de Teresina.

"Ele foi morto por dívidas de drogas, já que esse grupo atuava principalmente no tráfico na capital", informou Hildson.

Submetralhadoras e R$ 40 mil apreendidos
Todas as prisões - cinco homens e duas mulheres - aconteceram durante a Operação Guará. O grupo foi preso nos bairros Monte Castelo e Lourival Parente, Zona Sul de Teresina, e Alto Alegre, na Zona Norte.

Com o grupo, os policiais apreenderam duas submetralhadoras, várias pistolas e revólveres, munições, 10 kg de maconha e cerca de R$ 40 mil em dinheiro.

"Pela quantia em dinheiro e pela quantidade de armas se nota que era um grupo muito organizado, muito estabelecido no estado. Uma das mulheres presas informou que chegou a viajar todo o Brasil aplicando também golpes. Então eles atuavam principalmente no tráfico e no estelionato", explicou o delegado Humberto Mácola, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado.

O secretário de segurança, Fábio Abreu, destacou que as armas eram usadas principalmente para a guarda dos locais onde o grupo guardava e comercializava a droga.

Membro foi atraído em emboscada
O secretário de segurança, Fábio Abreu, declarou que a ação criminosa que desencadeou a Operação Guará foi a execução de um traficante do Amazonas que seria o "terceiro nome" do tráfico no território amazonense.

Segundo o delegado Humberto Mácola, a vítima foi torturada porque os demais membros queriam que ele gravasse um vídeo para divulgar informações que gerariam um conflito interno entre os líderes da facção criminosa no Amazonas. Dias depois, iniciou-se o conflito que deixou 55 mortos em presídios de Manaus.

Segundo a investigação, o homem foi atraído para o Piauí por um falso convite para participar de um assalto a banco no estado. Ele permaneceu em Teresina em cativeiro por três dias, segundo Mácola, sendo torturado até que gravasse o vídeo.

Depois de matá-lo, o grupo teria deixado o corpo na cidade de Caxias, no Maranhão. De acordo com o delegado Humberto Mácola, um dos homens presos hoje confessou o assassinato e como tudo aconteceu.

Tópicos: grupo, delegado, armas