Policiais Federais realizam ato pela reestruturação de carreira na sede da PF

29/04/2022 12h35


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Renato Andrade/Cidadeverde.comPoliciais Federais realizam ato pela reestruturação de carreira na sede da PF.(Imagem:Renato Andrade/Cidadeverde.com)

Policiais Federais realizaram na manhã desta sexta-feira (29) uma manifestação na sede da Polícia Federal, na Avenida João XXIII, zona leste de Teresina. A principal reivindicação da categoria é a reestruturação de carreira e valorização da Segurança Pública.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Policia Federal, Marcos Avelino, a Reforma da Previdência eliminou diversos direitos dos servidores e os policiais buscam diálogo com o Presidente da República, Jair Bolsonaro.

“Desde a Reforma da Previdência, os policiais federais, policiais rodoviários federais, experimentaram gravíssimos prejuízos, nós perdemos direitos históricos, nós tivemos diminuição dos nossos vencimentos então agora a gente está buscando um diálogo com o Presidente para que ele valorize a Segurança Pública Federal”,
explica Marcos Avelino.

Sobre o que representa a reestruturação de carreira, a Diretora Regional da Associação dos Delegados da Polícia Federal do Piauí, Léa Mesquita, esclarece se trata sobre os ajustes das responsabilidades e atribuições dos policiais, além dos direitos perdidos com a Reforma da Previdência.

“A reestruturação não reflete apenas em um reajustamento salarial, mas sim em um ajuste das nossas responsabilidades e atribuições. Nós também trabalhamos com alto nível de estresse, risco de vida e nós não temos um seguro para isso, a gente ainda não tem plano de saúde, se morrer em serviço, nossos familiares não estão amparados por uma pensão integral, nós trabalhamos com sobreaviso não remunerado e sem compensação de jornada, muitas vezes nos deslocamos para missões pagando do próprio bolso”
, informa a diretora.

Ainda segundo Marcos Avelino, o Governo Federal já possui o orçamento para realizar essa reestruturação de carreira.

“Hoje há um grande distanciamento em termos de remuneração dentre as carreiras de Estado, a gente procura correções internas também dentro da própria Polícia Federal e para tudo isso a gente construiu junto ao parlamento e com o aval do Planalto, o recurso destinado para isso, hoje o que falta, já com o recurso garantido é a vontade política do presidente”,
acrescenta.

Léa Mesquita pontua ainda que os servidores cobram que Jair Bolsonaro faça tramitar a Medida Provisória que está no Ministério da Economia.

“Foram alocados recursos na Lei Orçamentaria Anual e existe uma Medida Provisória tramitando no Ministério da Economia, tratando da reestruturação, nós estamos aqui para cobrar o Presidente Bolsonaro ele atue no sentido de fazer essa Medida Provisória tramitar e que ele minimize que essa reestruturação venha para minimizar distorções históricas que as categorias policiais vêm sofrendo”, pontua.

Os policiais rodoviários federais, outra categoria que se somou ao ato na manhã de hoje, afirma que os servidores estão sem reajuste salarial desde 2019 e frustrados com a falta de reconhecimento do presidente Jair Bolsonaro aos policiais.

“Nossa categoria está sem reajuste salarial desde 2019, em cima de número e resultado, a gente tem batido o recorde de apreensão tanto de droga, como de arma e de veículo, então hoje, tanto a PF como a PRF vivem uma frustração que está se encaminhado para uma revolta, baseada em uma expectativa que foi criada pelo próprio presidente, a gente tem várias declarações dele com relação à esse reconhecimento”,
diz o presidente do Sindicato Policiais Rodoviários Federais do Piauí, Cláudio Piazzarollo.

A Diretora dos Delegados da Polícia Federal, Leá Mesquita, acrescenta ainda que as operações da polícia trazem retorno à sociedade e que não é gasto investir em segurança pública.

“A Polícia se paga, nossas operações, elas trazem de volta para a sociedade bilhões de reais em recursos que foram desviados, então tudo isso tem que ser levado em consideração para que fique claro que investir em Segurança Pública não é gasto, é investimento e traz retorno para a sociedade”, finaliza.


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