Prefeitura de Teresina levará para abrigos crianças venezuelanas que estiverem pedindo dinheiro
24/06/2019 14h33Fonte G1 PI
Imagem: Maria Romero/ G1 PIGrupo de Venezuelanos pediu ajuda à população em lojas e casas lotéricas do Centro de Teresina.
A partir desta semana, crianças venezuelanas flagradas pedindo dinheiro com os pais em Teresina serão levadas para abrigos, segundo o secretário municipal de Cidadania, Assistência Social e Politicas Integradas (Semcaspi), Samuel Silveira.
No Brasil é proibido expor crianças á situação de mendicância. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é proibido expor a criança a riscos e constrangimento, mas em Teresina essa cena tem se repetido nos semáforos com refugiados venezuelanos.
O secretário afirmou que as autoridades orientaram aos venezuelanos a não levarem as crianças para pedir esmolas nos semáforos da cidade, no entanto, a recomendação não tem sido seguida e, por isso, a partir da próxima quinta-feira (27), menores flagrados nesta situação serão levados e recolhidos a abrigo. Caso os pais não aceitem, a Guarda Municipal poderá intervir.
"A providência será a retirada da criança do local e o convite para retornar ao abrigo onde elas e os pais estavam acolhidos. Podemos tomar outra providência, mas esta será uma atividade de resistência na mendicância. Não podemos aceitar isso na cidade”, declarou.
Imagem: Maria Romero/ G1 PIGrupo de Venezuelanos pediu ajuda à população em lojas e casas lotéricas do Centro de Teresina.
Cerca de 230 venezuelanos estão em abrigos com alimentação fornecida pela Prefeitura de Teresina. Alguns deles reclamam das instalações, mas a prefeitura recomenda à população a não dar dinheiro para os venezuelanos.
"Faço um apelo para os cidadãos que querem contribuir ou ajudar de alguma maneira que não deem esmola nos sinais”, disse. As pessoas podem buscar a Prefeitura de Teresina para fazer doações.
Os servidores que trabalham com assistência aos venezuelanos contaram que alguns deles são resistentes em receber cuidados e não querem orientação médica, por exemplo. A conselheira tutelar Lucileide Magalhães contou que o Conselho Tutelar também está preocupado com a saúde das crianças e das mães.
“Existem várias crianças gripadas, outras precisam tomar medicamentos e não recebem os remédios por resistência dos pais. Algumas estão até jogando as medicações fora”, lamentou.