Presos danificam celas da Central de Flagrantes em Teresina durante motim

25/09/2014 12h09


Fonte G1 PI

Imagem: Juliana Barros/G1Presos foram levados para o pátio da delegacia e passaram por vistoria.(Imagem:Juliana Barros/G1)Presos foram levados para o pátio da delegacia e passaram por vistoria.

Duas celas da Central de Flagrantes foram danificadas durante motim dos presos realizado nesta quinta-feira (25).Segundo o comandante de policiamento da capital, coronel Alberto Menezes, os agentes acionaram a Polícia Militar porque os 38 detentos estavam gritando, batendo nas grades das celas e quebrando algumas paredes. Os presos reclamavam alimentação e das péssimas condições da Central de Flagrantes.

“Fomos ao local para evitar que uma rebelião acontecesse, pois segundo relato dos policiais de plantão,os presos estavam muito agitados e existia a possibilidade disso torna-se uma rebelião”, comentou.

Ainda segundo o comandante, os presos foram retirados de dentro da celas e foram levados para o pátio da delegacia. “A medida foi necessária para que possamos contar o número de pessoas presas e verificar se eles pretendiam fugir do local. Os militares realizam uma vistoria nas celas. O objetivo da ação era encontrar objetos cortantes ou algum túnel”, contou.

Em agosto ocorreu uma rebelião na Central de Flagrantes de Teresina que durou sete horas. Na época, os presos reclamavam da superlotação do centro de triagem, que está com o triplo da capacidade. Já no dia 20 de julho, policiais do Batalhão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial (BpRone) foram acionados para fazer uma vistoria na Central de Flagrantes e localizaram três buracos feitos pelos detentos na parede de uma das celas da unidade e conseguiu evitar a fuga de pelo menos 18 presos.

Em novembro do ano passado, 21 presos fugiram da Central de Flagrantes após serrar a grade de uma janela. Uma semana antes a polícia já havia contido um tumulto feito pelos detentos que ameaçaram quebrar cadeados e fugir. O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil de Carreira do Estado do Piauí (Sindepol) chegou a enviar vários ofícios às secretarias de Segurança e Justiça solicitando a transferência dos detentos e alegou que não seria competência da Polícia Civil fazer a custódia de presos.

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