Secretaria de Saúde do Piauí apura suspeita de infecção pela variante delta em Teresina

18/08/2021 14h26


Fonte G1 PI

Imagem: IlustrativaSecretaria de Saúde do Piauí apura suspeita de infecção pela variante delta em Teresina(Imagem:Ilustrativa)Secretaria de Saúde do Piauí apura suspeita de infecção pela variante delta em Teresina

O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Piauí (Cievs), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), está investigando uma amostra coletada de um paciente com Covid-19, por suspeita de infecção pela variante delta.

A informação foi confirmada pela Sesapi nesta quarta-feira (18). O paciente é do interior do Piauí e teria tido contato, no estado de São Paulo, com um familiar que testou positivo para Covid-19 e cujos exames confirmaram a infecção pela variante. Segundo o hospital onde o homem está internado, ele está em observação e isolamento, estável e sem sintomas graves.

A Sesapi destacou que ainda não há qualquer confirmação de que o caso seja da variante. Até o momento, o estado não possui casos confirmados da variante delta e, segundo a Sesapi, esse é o único caso suspeito sob investigação.

A Secretaria informou que o Cievs obteve exames do paciente, que foram enviados a um laboratório de referência, localizado na Bahia. Lá, o vírus passará por sequenciamento genético, para identificar a variante.

Leia a íntegra da nota do hospital:

O paciente citado na matéria está internado no Hospital Unimed primavera e testou positivo para Covid-19, porém até o momento não se confirmou a contaminação pela variante Delta. O Lacen se informou ao hospital que está investigando o genótipo do agente contaminante. Essa pesquisa da variante é realizada fora do Piauí, demandando um tempo maior para dirimir a dúvida levantada. Em tempo, o material já foi encaminhado pelo Lacen para investigação. O caso foi considerado suspeito pelos contatos e pela epidemiologia apresentada. No momento, o paciente está em isolamento e estável.

Variante mais transmissível

A delta foi identificada pela primeira vez na Índia, em outubro do ano passado. Em junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta importante: a variante tem se tornado dominante em todo o mundo, muito por conta da sua transmissibilidade.

De acordo com o último boletim epidemiológico da entidade, divulgado no dia 11 de agosto, 142 países já identificaram a circulação da delta.

No Brasil, os primeiros casos foram confirmados em maio, quando tripulantes de um navio que chegou ao Maranhão testaram positivo e estavam com a variante.

Apesar de ser mais transmissível (assim como as outras variantes que surgiram), pesquisadores dizem que ainda não há como afirmar que ela também é mais letal.

Sintomas

Sobre os sintomas, especialistas explicam que eles podem ser confundidos com os da gripe.

Tanto a gripe quanto a fase inicial de infecção pela variante delta podem estar associadas aos seguintes sintomas: dor de cabeça, mal estar, coriza, dor de garganta e febre.

Variante já corresponde a mais de 20% dos casos

Dados da Rede Genômica da Fiocruz apontam que, entre os sequenciamentos de amostras feitas pelo sistema no país, a delta corresponde a 22,1% dos casos sequenciados em julho (mais do que 1 em cada 5 casos). Em junho, o total era de 2,3%.

Entretanto, o total de sequenciamentos é desigual no Brasil. Enquanto, por exemplo, São Paulo fez mais de 10 mil, o Piauí analisou apenas 19.

Cuidados são eficazes


Segundo especialistas, as medidas não farmacológicas são eficazes contra a cepa original e contra todas as variantes.

Por isso, é importante continuar usando máscaras (de preferência a PFF2), manter o distanciamento social, evitar aglomerações e manter a higiene das mãos.

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