Secretário diz que espera respiradores para abrir UTI do Hospital da Polícia Militar

19/05/2020 09h58


Fonte G1 PI

Imagem: Andrê Nascimento/ G1 PIHospital da Polícia Militar, em Teresina.(Imagem:Andrê Nascimento/ G1 PI)Hospital da Polícia Militar, em Teresina.

O secretário de saúde Florentino Neto afirmou em um vídeo publicado por sua assessoria que a Secretaria de Estado de Saúde (Sesapi) aguarda a chegada de ventiladores mecânicos comprados pelo estado para completar as salas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Polícia Militar. A Justiça determinou abertura total do hospital após pedido do Ministério Público.

Segundo o secretário, três compras de respiradores foram realizadas: uma delas ficou retida em São Paulo, e foi alvo de uma ação judicial para que sejam trazidos para o Piauí. Nas outras duas compras, feitas com empresas da China e da Turquia, os equipamentos ainda não chegaram ao Brasil.

“Já reformamos, colocamos equipamentos, e o que falta são os respiradores. Que, chegando, a UTI passa a funcionar. Já temos até equipe selecionada por processo seletivo”,
disse o secretário de saúde.

A unidade de saúde, inaugurada em 1º de abril, é sentinela no atendimento a infectados pelo coronavírus e teve profissionais do grupo de risco afastados, o que impediu o funcionamento completo do hospital.

Prometido para 15 de maio

Em 29 de março, o Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI) ajuizou ação civil pública para que o estado do Piauí cumprisse o regular e integral funcionamento do Hospital da Polícia Militar.

Uma semana depois, no dia 5 de maio, a Justiça determinou que o estado teria 40 dias para pôr o hospital funcionando em capacidade máxima, com 99 leitos, prazo que se encerra em 14 de junho. O estado deve ainda fazer a contratação de profissionais no HPM. A decisão foi tomara pela 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública da Comarca de Teresina.

Segundo o promotor Eny Pontes, do Ministério Público Estadual, o secretário havia se comprometido, em videoconferência realizada no dia 22 de abril, a colocar a UTI do Hospital da Polícia Militar em funcionamento até o dia 15 de maio (sexta-feira), data que marcaria o ponto inicial do pico da pandemia no Estado.

“Não é razoável que não se tenha um incremento mínimo da rede de saúde pública e não seja utilizado em sua plenitude. Não há um mínimo de racionalidade em deixar de aproveitar um equipamento do porte do HPM, com UTI estruturada praticamente concluída no enfrentamento daquele que é, segundo autoridades em saúde, o maior desafio do século”,
disse o promotor em vídeo divulgado pela assessoria do Ministério Público.