Servidores da Ebserh que atuam no HU-UFPI, em Teresina, aderem à greve nacional

13/05/2021 17h52


Fonte G1


Imagem: ReproduçãoClique para ampliarA ação mantém o pagamento do adicional de insalubridade, mas adapta a base de cálculo, sendo pago em cima do salário mínimo, e não mais sobre o salário-base. Importante ainda pontu(Imagem:Reprodução)
 Os servidores que atuam no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Teresina, entraram em greve nesta quinta-feira (13). A paralisação dos profissionais vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) segue o calendário nacional e atinge outros municípios do país.

Ao G1, os grevistas disseram que apenas os serviços de urgência não serão afetados pela greve no HU-UFPI. Foram paralisados os serviços ambulatoriais, laboratoriais, cirurgias eletivas e internações que não sejam via regulação. Entretanto, conforme a empresa, hoje o hospital está funcionando normalmente, sem causar prejuízos à população.

Em ofício enviado à direção do HU, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal do Piauí (Sinsep-PI) informou que a decisão sobre a adesão à greve foi tomada devido ao impasse nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria. No Piauí são 1.200 trabalhadores vinculados à empresa, sendo que 700 deles irão aderir ao movimento paredista.

"Cabe-nos salientar que não foram economizados esforços para que se não chegasse a tão delicada decisão, porém não nos restou outra saída que não fazer uso deste último recurso, já que com a gestão superior da Ebserh e unicamente por parte destes o diálogo falhou", informou o sindicato.

Em nota, a Ebserh comunicou que, “por ser uma estatal dependente da União, todas as propostas que apresenta envolvem recursos orçamentários, inclusive as que se referem ao ACT 2020/2021, e demandam aprovação externa, o que, sem dúvida, estende o processo de negociação para além do tempo desejado.”

Confira a nota da Ebserh:

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) esclarece que foi surpreendida com a comunicação proferida pelas entidades sindicais de deflagração de greve durante a pandemia, a partir da próxima quinta-feira, 13, durante o processo de negociação.

As conversas não foram encerradas e o processo de Mediação e Conciliação Pré-Processual PMPP nº 1000116-32.2021.5.00.0000 segue em curso no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A surpresa se deve principalmente pelo fato de que, dentro do processo de mediação, foi acordado entre todas as partes envolvidas um prazo até a próxima quinta-feira (20) para que a estatal envie uma nova proposta.

A Ebserh esclarece que, por ser uma estatal dependente da União, todas as propostas que apresenta envolvem recursos orçamentários, inclusive as que se referem ao ACT 2020/2021, e demandam aprovação externa, o que, sem dúvida, tem estendido o processo de negociação para além do tempo desejado.

Ainda é importante ressaltar que a proposta apresentada pela empresa mantém todas as cláusulas sociais do ACT vigente. A única mudança será na base de cálculo do adicional de insalubridade, a fim de adequá-la à CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), regime adotado na estatal, e ao que já é pago por todos os demais hospitais do país, sejam eles públicos ou privados.

A ação mantém o pagamento do adicional de insalubridade, mas adapta a base de cálculo, sendo pago em cima do salário mínimo, e não mais sobre o salário-base. Importante ainda pontuar que a mudança no cálculo só acontecerá ao fim da pandemia.

Com a adequação, será possível ainda conceder aumentos em outros benefícios.

A última proposta, por exemplo, previa o aumento fixo de R$ 500 na tabela salarial para todos os empregados Ebserh, independentemente do cargo ou do adicional de insalubridade.

A estatal por fim reforça que não tem medido esforços para buscar as melhores condições possíveis para os trabalhadores da empresa.


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Tópicos: processo, empresa, ebserh