Servidores do HU denunciam suposto assédio moral e excesso de trabalho

16/05/2016 10h08


Fonte Cidade Verde

Imagem: Cidade VerdeClique para ampliarServidores do HU denunciam suposto assédio moral e excesso de trabalho(Imagem:Cidade Verde)

Funcionários do Hospital Universitário de Teresina denunciam que estão sendo obrigados a cumprirem carga horária diferenciada do horário de expediente. Uma funcionária- que não quis se identificar- relata que as condições de trabalho do HU dificultam a vida dos profissionais e atingem os pacientes.

"São inaugurados, constantemente, novos setores no hospital. Isso é festejado, mas os funcionários não comemoram porque não são contratados novos funcionários para esses setores. Eles pegam funcionários antigos e colocam nesses setores novos, ou seja, acabam sobrecarregando os setores antigos",
disse.

A denunciante faz relatos ainda de assédio moral por parte das chefias. "Existe assédio moral das chefias, principalmente, na área de Enfermagem. Os funcionários reclamam com seus chefes e eles, muitas vezes, fazem chacotas deles, dizem que não podem fazer nada. O funcionário diz que vai denunciar para o Ministério do Trabalho e os chefes dizem que podem denunciar, que não têm medo de nada e o funcionário acaba ficando retraído", acrescenta.

Na denúncia consta ainda que os direitos dos trabalhadores não estão sendo cumpridos como o plano de cargos, carreiras e salários e o aumento de salário anual. Outra denúncia diz respeito à falta de materiais básicos para atendimento dos pacientes, inclusive, até medicamentos simples. "Chegou a faltar dipirona, paracetamol, simeticona e muitas vezes os funcionários, principalmente da Enfermagem, chegam a comprar esses medicamentos para os pacientes, porque ficam com pena deles deixarem de tomar aquele medicamento tão básico. Faltam também materiais hospitalares básicos", reitera.

Gerência do HU rebate acusações

Em entrevista ao Notícia da Manhã, a gerente administrativa do HU, Maria Raquel de Castro, explica que, desde a abertura do hospital, foram convocados 1.200 concursados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), para o pleno funcionamento do HU.

Sobre o horário de expediente, a gerente explica que estes foram estabelecidos no ingresso dos funcionários e que existem prerrogativas para que se possam fazer substituições dos postos de trabalho na ausência de algum colaborador, cobertura de férias, folga ou licença maternidade. "Isso é necessário para que o atendimento aos pacientes ocorra plenamente", explica.

Maria Raquel negou a falta de medicamentos e materiais hospitalares e confirmou que, eventualmente, há pequenos atrasos. Contudo, nenhum atendimento deixou de ser realizado por falta de produtos, segundo ela.

A gerente administrativa do HU coloca ainda que as denúncias de assédio moral serão encaminhadas à administração superior. Ela conta que a queixa ainda não foi formalizada.

"Temos um canal de relações do trabalho, que existe em todos os HUs administrados pela Ebserh, onde o colaborador de forma bem segura pode apresentar sua queixa, que será encaminhada à administração superior. Lá é feito uma avaliação, abertura de processo administrativo, seguindo um ritual estabelecido, tem acompanhamento da diretoria e do órgão que faz esse acompanhamento de Brasília, para então serem tomadas todas as providências. Tão logo a gente receba a denúncia e seja caracterizada a veracidade, será aberto processo administrativo. Nenhuma queixa deixa de ser investigada e averiguada",
destaca Raquel de Castro.

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